Foto: Reprodução/Site da Câmara O evento “Manhã com Deus, culto de gratidão”, organizado pela vereadora evangélica Michele Collins (PP), tem gerado polêmicas e discussões nas redes sociais pelo fato de ter sido marcado para acontecer no Plenário da Câmara Municipal do Recife, no próximo dia 12 de dezembro .

Apesar da grita em torno do ato, a direção legislativa da Casa afirma que o evento não fere o regimento interno da Casa de José Mariano.

O evento gerou polêmica e reclamações dos internautas e usuários de redes sociais, que o consideram uma manifestação religiosa, fato que desrespeitaria o princípio de laicidade do Estado brasileiro, já que a Câmara do Recife é uma prédio público.

LEIA TAMBÉM: » No Dia da Consciência Negra, imagem de Iansã aparece degolada na Faculdade de Direito » Por causa de igreja, vereadora consegue adiar votação de projeto para implementar telhados verdes No entanto, a vereadora nega que o evento seja uma manifestação de caráter religioso.

Segundo Collins, é uma simples confraternização entre vereadores e funcionários da Casa.

Por meio de sua assessoria, a vereadora disse que o mesmo evento foi realizado em 2013 e que não há imposições de participação.

Foto: Reprodução/Facebook. “Não é um projeto de lei, que obriga as pessoas a assistirem um culto.

Ninguém é obrigado a participar, vai quem quer e quem se sentir à vontade”, disse a vereadora ao desmentir os boatos levantados nas redes sociais, dando conta de que ela apresentou um projeto de lei que instituiria a realização de cultos evangélicos antes das sessões plenárias da Casa.

O diretor Legislativo da Câmara, Paulo Rogério Nascimento, afirmou que, pelo fato de a vereadora ter declarado o evento como sendo uma confraternização e não um evento religioso, não há impedimentos para sua realização no Plenário da Câmara do Recife.

Além disso, ainda de acordo com Paulo Rogério, não existe nenhuma norma no regimento interno que impeça, explicitamente, a realização de manifestações religiosas de qualquer natureza no interior da Câmara.

Com isso, entende-se que eventos católicos, espíritas, de umbanda, candomblé e demais religiões de matriz africana de uma forma geral, entre outras, também têm carta branca para acontecer na Câmara Municipal do Recife.