Empresarial Charles Darwin, da Rio Ave, já foi projetado para ter telhado verde.

Imagem: divulgação/Rio Ave “As igrejas têm dificuldades pelo fato de serem [organizações] sem fins lucrativos.

Algumas têm condições [de implantar telhados verdes] e outras não”.

Este argumento foi usado nesta terça-feira (18) pela vereadora Michelle Collins (PP) para adiar a votação do projeto de lei que propõe a implantação de telhados verdes em prédios do Recife.

A vereadora solicitou que os templos religiosos ficassem isentos da lei.

Por meio de uma emenda de plenário, que teve a aprovação de 17 vereadores, Michelle conseguiu postergar a pauta.

Dessa forma, a matéria volta para as comissões de Legislação e Justiça, de Finanças e Orçamento e de Meio Ambiente.

A votação em plenário só deve ocorrer na próxima semana. “Algumas igrejas já têm projetos ecológicos, mas outras não.

Obrigar que se faça nos templos religiosos eu não achei pertinente.

Então a emenda foi nesse sentido.

Também levei em consideração o projeto arquitetônico das igrejas.

Muitas delas têm torres e isso também influencia”, justifica a vereadora. “Eu acho que os vereadores vão usar o bom senso e eu creio que a emenda será aprovada”, acrescentou Collins.

Foto: divulgação O vereador Eurico Freire, autor do projeto, ainda argumentou em plenário que a implementação dos telhados verdes representaria uma melhoria na qualidade de vida dos recifenses, incluindo os fiéis. “Sou católico, já fui seminarista, e acredito que as igrejas devem ser englobadas nesse projeto sim, pois uma cidade mais verde e menos poluída beneficia a todos”, disse ele.

Se aprovado, os edifícios novos com mais de quatro pavimentos deverão ter uma camada de vegetação aplicada sobre a cobertura.

Além disso, os não-habitacionais com mais de 400 m² de área de coberta também devem implantar o sistema.

A ideia é não apenas melhorar o aspecto paisagístico da cidade, como também diminuir os efeitos das ilhas de calor.

O PLE 67/2013 também dispõe sobre a construção de reservatórios de acúmulo ou de retardo do escoamento das chuvas para a rede de drenagem.

Assim, as águas poderão ser reaproveitadas e os problemas com alagamentos vão ser minimizados.