Refinaria Abreu e Lima.
Foto: reprodução/Petrobras Apesar de ainda estar em fase de pré-operação e de aguardar a liberação das últimas licenças para passar a operar, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), situada em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e um dos focos das investigações da Operação Lava Jato, entrou no balanço operacional do terceiro trimestre da Petrobras divulgado nesta segunda-feira (17).
O comunicado divulgado à imprensa lembra que o empreendimento já é capaz de refinar petróleo e que a primeira unidade de refino está 96% concluída. “Vários sistemas e unidades já entraram em operação, obedecendo ao sequenciamento planejado de partida da refinaria”, afirma o texto, que cita a Refinaria Abreu e Lima como a unidade da Petrobras com a maior taxa de conversão de petróleo em diesel.
De cada 100 barris de óleo processados na Rnest, serão produzidos 70 barris de diesel S-10, que tem baixo teor de enxofre.
LEIA TAMBÉM: » Petrobras adia início das operações na Refinaria Abreu e Lima, envolvida na Operação Lava-Jato » TCU pede que sejam cortadas verbas para refinaria Abreu e Lima » Sem previsão para balanço trimestral, Petrobras promete resultados operacionais para esta 2ª Quando ficar pronta, a refinaria pernambucana terá capacidade para produzir 161 mil barris de diesel por dia; o que, segundo a Petrobras, corresponde a um volume similar a necessidade de importação da estatal.
No balanço operacional do terceiro trimestre de 2014, a petrolífera divulgou que produziu 2 milhões e 207 mil barris diários de petróleo, sendo 2 milhões e 90 mil barris apenas em território brasileiro.
Esse volume é 9% superior ao que foi produzido no mesmo período de 2013.
Segundo a companhia, o aumento o resultado vem do aumento na produção das plataformas P-58, P-55 e P-62, além da FPSO Cidade de Paraty.
A Petrobras lista ainda o início dos testes de longa duração nos poços de Iara Oeste e Tartaruga Verde.
Na última sexta (14), encerrou-se o prazo para que a Petrobras divulgasse o balanço trimestral da companhia, mas o documento ainda depende do aval da auditoria realizada pela PwhC.
A auditora espera a conclusão das investigações que a estatal está conduzindo sobre as denúncias de desvio de dinheiro, que teria movimentado R$ 10 bilhões e teria sido usado, inclusive, para a compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional.
Citada como um dos focos do desvio, a Refinaria Abreu e Lima deveria ter entrado em operação no último dia 4, o que não ocorreu devido a falta de licença da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
A Petrobras ainda não anunciou uma nova data para início da atuação na Rnest.