Reunião do PSB em Brasília.

Foto: Humberto Pradero/Divulgação.

O PSB encerrou nesta terça-feira (12) a última consulta à cúpula do partido antes da decisão no dia 17 de novembro sobre qual postura a legenda vai adotar frente ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Depois de mais de três horas de reunião com os 27 presidentes do PSB no Brasil, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, avaliou que o encontro foi positivo e a intenção não era chegar a um consenso, mas criar subsídios para a resolução que o partido deve tomar.

Nos bastidores, a informação é que o Senado cultiva a ideia de adotar uma oposição independente, de forma a não ficarem como sombra do PSDB – que apoiaram no segundo turno das eleições.

O senador eleito por Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB), deu o tom da postura que deve refletida pelo Senado, afirmando que o PSB não seria apêndice do PSDB.

Na Câmara dos Deputados, a tendência é fazer com que o partido passe a integrar o bloco oposicionista comandado pelos tucanos.

Após ouvir os argumentos dos 27 presidentes estaduais do partido, Siqueira evitou adiantar o termômetro do que foi discutido.

Em conversa com o Blog, o socialista disse que a discussão não é em torno de concepções individuais, mas da análise de todo o contexto político após as eleições, tanto dentro quanto fora do partido.

A reunião foi conduzida por Carlos Siqueira e pelo vice-presidente da sigla, o governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara.

O presidente do PSB pernambucano, Sileno Guedes, também participou do encontro.

Aliado histórico do PT, o PSB rompeu com a gestão Dilma Rousseff em 2013 para lançar a candidatura presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que faleceu em agosto em plena campanha.

Depois da derrota da ex-senadora Marina Silva (PSB), os socialistas decidiram apoiar o senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial.

A decisão teve amplo apoio da família e dos aliados de Campos. "