Foto: Wilson Dias/ABR A convite do Democratas, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, deve comparecer à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara para explicar o atraso na divulgação de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que mostrou o aumento da miséria no Brasil em 2013.
O contingente de pessoas que vive na extrema pobreza passou de 3,6% para 4% da população nacional.
O aumento representa mais 370 mil pessoas que vivem com menos de R$ 70 por mês.
O levantamento deveria ter sido divulgado em outubro, mas foi adiado para depois do segundo turno da corrida presidencial.
Para a oposição, o adiamento foi uma manobra para que os dados não prejudicassem a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
A ministra deve ir à Comissão no próximo dia 25.
LEIA TAMBÉM: DEM quer que ministros expliquem atraso em estudo do Ipea que poderia prejudicar campanha de Dilma “O assunto precisa ser debatido no parlamento já que o governo se vangloria do declínio da miséria no País.
O estudo do Ipea mostrou que mais 370 mil pessoas passaram a viver na extrema pobreza.
Esse triste número é consequência de uma política econômica desastrosa com inflação crescente que repercute diretamente na renda do povo”, afirmou o deputado federal Mendonça Filho, líder do DEm na Câmara, autor do requerimento de convocação da ministra. “Os sinais econômicos são muitos claros castigando com maior intensidade a camada mais pobre da população.
E o governo preocupado em ampliar a maquiagem das contas públicas a exemplo da alteração da LDO enviada ao Congresso ontem que elimina a meta de superávit primário”, criticou o deputado.
O deputado adiantou ainda que, na próxima semana, vai insistir para que a Comissão aprove, ainda, um requerimento para convocação do presidente do Ipea, Sergei Soares. “Acredito que o governo não vai se furtar de trazer um debate técnico de um assunto tão importante”, disse.