Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados A proposta da presidente Dilma Rousseff (PT) que muda o cálculo do superávit brasileiro a um mês e meio do fechamento das contas públicas foi duramente criticada pelo líder do DEM na Câmara Federal, o deputado Mendonça Filho, para quem a política econômica brasileira está desmoralizada. “Dia 11 de novembro a presidente quer alterar a meta do benefício fiscal para o ano de 2014.
Isso é um ascinte.
Isso é um desrespeito.
Isso é uma desmoralização da política econômica do atual governo”, disparou o deputado contra Dilma. “Se ela quer adotar uma política que na prática representa déficit nominal, déficit real, ela assuma.
Não engane a população brasileira, não engane os agentes econômicos”, criticou.
O deputado classificou o projeto como uma “maquiagem” nas contas públicas, que trará grave dano para o povo brasileiro. “Hoje ela não tem sequer rumo em relação a que política vai adotar à frente do Ministério da Fazenda”, afirmou ainda, sobre a dificuldade de Dilma em encontrar um novo ministro da Fazenda. “Marta Suplicy ao deixar o Ministério da Cultura pediu que a presidente resgate a confiança na economia e seja iluminada para escolher sua nova equipe de trabalho.
Nem seus aliados acreditam mais no futuro da política econômica”, disse ainda Mendonça.
O deputado também criticou a manobra do Planalto de votar vetos que interrompem a pauta no Congresso nesta quarta-feira (12) para acelerar a votação da proposta que muda o superávit.
A Comissão de Orçamento também deve avaliar o projeto nesta quarta.
Pela proposta do governo, recursos aplicados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as perdas na arrecadação com desonerações tributárias deixariam de ser contadas para o cálculo do superávit, o que poderia tornar as contas públicas positivas. “O governo fará superavit e fará o maior superavit possível porque achamos que isso é muito importante.
Mas queremos com isso garantir investimentos e garantir a continuidade das desonerações e, evidentemente, um dos resultados dessas duas políticas que é o emprego para a população”, defendeu a ministra do Planejamento Miriam Belchior.