Foto: Marcus Santos/USP Imagens A realização de uma reforma previdenciária é defendida por 73% dos brasileiros, diz pesquisa divulgada nesta terça-feira (11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A medida é tida como importante para garantir a viabilidade econômica do sistema previdenciário brasileiro, e várias propostas são debatidas em todo o País.

O levantamento da CNI ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios.

Apesar de defender uma reforma, a pesquisa mostra que os brasileiros se dividem quanto ao melhor modelo de implantação.

Cerca de 37% das pessoas acreditam que o sistema previdenciário deve mudar para todo mundo.

Já para 18%, a Previdência deve mudar para quem já contribui, mas ainda não se aposentou.

Outros 18% acham que as alterações deveriam valer apenas para quem nunca constribuiu para o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Para 13% dos entrevistados, o sistema deve ser mantido e o dinheiro necessário para complementar o INSS deve ser obtido a partir do aumento de impostos para a população em geral.

Imagem: divulgação/CNI “A pesquisa mostra que a população brasileira percebe que deve mudar, o como mudar é que precisa ser discutido.

A CNI defende que o tema seja discutido.

A reforma precisa ser feita, pois o envelhecimento da população tornará inviável a manutenção das regras previdenciárias atuais”, explica o economista Mário Sérgio Teles, ligado à CNI.

O levantamento mostra ainda que apenas 29% dos brasileiros acreditam que o cálculo no valor da aposentadoria seja feito considerando a idade do segurado, como é hoje.

Pelas regras atuais, quem se aposenta mais cedo recebe um benefício menor.

A maioria das pessoas, porém, não deseja mudar algumas regras vigentes.

Apenas 27% defendem que as pessoas que estejam trabalhando devem deixar de receber pensões deixadas por seus cônjuges.

Além disso, só 33% acreditam que o aposentado deve receber apenas um benefício do INSS; a maioria acha que é possível receber ao mesmo tempo uma pensão e aposentadoria.

PERFIL - O levantamento mostrou que a quantidade de pessoas que contribuem com o INSS aumentou de 38% para 55% entre 2007 e 2014.

Dentre os que ainda estão na ativa, 54% afirmam que a aposentadoria será sua principal fonte de renda depois que deixar de trabalhar.

Fica em 8% o número daquelas que esperam complementar os rendimentos com previdência privada.

Já dos aposentados, 82% disseram que dependem do benefício para sobreviver.

Desses, 72% tem a aposentadoria do INSS como única fonte de rendimentos e 27% dizem que complementam com outras fontes.