O presidente da Amupe, José Patriota (PSB).

Foto: divulgação Descontente com a dificuldade de obter liberação de recursos federais para financiar programas nos municípios, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), afirmou, nesta segunda-feira (10), em entrevista à Rádio JC News, que preferia que os municípios tivessem que assumir todos os custos dos programas criados pela União do que ter que depender dos recursos do Planalto.

Patriota comentava o aumento de 1% nos Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que deve ser concedido gradualmente até 2016. “Isso é insignificante face a defasagem do subfinanciamento dos programas.

Se eu tivesse que escolher, eu preferia que o governo federal passasse 100% do custo de cada programa que ele criou para os municípios tomarem conta e a gente assumia a responsabilidade”, disse Patriota, que é prefeito de Afogados da Ingazeira, no Sertão.

De acordo com o presidente da Amupe, o subfinanciamento dos programas federais é a principal pauta da série de demandas que os prefeitos levarão para a presidente Dilma Rousseff (PT), em um encontro nacional dos prefeitos que ocorre no próximo dia 17. “Os municípios é quem bancam a maior parte dos custos dos programas que o governo federal criou.

E agora, o pequeno repasse que a União faz para o município, anda atrasando.

Programas como o saúde da família, que existe há mais de 20 anos, e o programa de agentes comunitários de saúde, onde o governo federal coloca uma contrapartida para o seu custeio.

Entretanto, esses repasses estão atrasados”, explicou. “Em um município pobre e pequeno como o nosso, de Afogados, nós chegamos a ter R$ 1 milhão de atraso nos repasses dos recursos só destinados à Saúde.

E aí nós não conseguimos bancar, sozinhos, a manutenção do programa, sem atrasar a folha de pagamentos”, se queixou.