Refinaria Abreu e Lima.

Foto: reprodução/Petrobras A Sanko, empresa que forneceu tubos de aço para a construção da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, teria pago R$ 2 milhões em comissões para executivo da Camargo Corrêa, que comandava as obras na refinaria, segundo reportagem do jornal Folha de S.

Paulo.

Segundo a Polícia Federal, era através da Sanko que o dinheiro desviado da refinaria chegava às contas de empresas fantasmas do doleiro Alberto Youssef, que usava os recursos para pagar políticos e servidores públicos.

De acordo com o jornal paulista, um dos donos da Sanko, Márcio Bonilho, teria revelado o pagamento de comissões para o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, e para o diretor de Óleo e Gás da empreiteira, Paulo Augusto Santos da Silva.

Leite é apontado como o principal interlocutor de Youssef na Camargo Corrêa.

LEIA TAMBÉM: » Petrobras adia início das operações na Refinaria Abreu e Lima, envolvida na Operação Lava-Jato » TCU pede que sejam cortadas verbas para refinaria Abreu e Lima No depoimento, Bonilho teria dito que repassou R$ 2 milhão para a Pass Consultoria e para a Paiva Ribeiro Gerenciamento, Arquitetura e Paisagismo.

As empresas pertencem às esposas de Eduardo Leite e de Paulo Augusto.

O dono da Sanko teria declarado que os executivos da Camargo Correa haviam pedido, inicialmente, para que as comissões fossem pagas a Youssef. “Quando, no final do negócio, Youssef não repassou as comissões, não houve os repasses, eles pediram que eu pagasse diretamente para eles,e eles colocaram essas notas fiscais”, teria dito à Justiça.

Segundo a matéria, os advogados dos executivos negam ter recebido qualquer tipo de comissão da Sanko e garantem que os R$ 2 milhões equivaliam a serviços prestados pelas duas empresas de suas esposas.

Já a Camargo Corrêa preferiu não comentar os pagamentos e disse apenas que repudia vazamentos seletivos e que jamais fez pagamentos a Alberto Youssef.