Foto: Guga Matos/JC Imagem No momento em que a presidente Dilma Rousseff (PT) vive uma crise em sua relação com o Congresso Nacional devido ao fortalecimento da oposição na última eleição e à rebeldia do PMDB, o PT projeta uma base aliada menor e mais fiel como objetivo a ser perseguido no segundo mandato da presidente.

Para o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, isso inclui cobrar mais fidelidade dos partidos contemplados com cargos na reforma ministerial que está sendo conduzida por Dilma. “A nossa posição é de não mais buscar uma maioria bem mais expressiva”, afirma Humberto Costa. “Nós queremos ter aquele número mínimo de parlamentares que são permanentemente fieis e, em determinadas questões, discutir com outros setores, até mesmo com a oposição”, diz. “Estamos num processo muito inicial ainda.

Não se formou o novo governo.

Na formação do governo, quando nós formos convidar os partidos para participarem desse ato de governança, nós vamos cobrar de maneira muito mais incisiva a fidelidade de seus parlamentares.

E, como tal, creio que teremos condição de passar esses quatro anos sem muitos tropeços”, garante o petista.

Na última quinta-feira (6), Humberto levou a bancada do PT no Senado para encontros com o ex-presidente Lula (PT) e com Dilma Rousseff.

A ideia era justamente traçar uma estratégia de atuação no Parlamento no momento em que o Planalto tem tido dificuldade de articulação. “A oposição sempre tem que existir. É importante para o processo democrático.

Mas ela também precisa ter o bom senso e considerar que a eleição terminou, que já tem um vencedor, que foi a presidenta Dilma.

Agora, é hora do diálogo”, defende o senador do PT.

Humberto também diz não acreditar que haja uma crise entre os partidos da base aliada do PT após a reeleição de Dilma.

Para o senador, as animosidades são resultado de temas que geram embates naturais entre as siglas, como as eleições das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado.