Secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Fred Amâncio.

Foto: divulgação Do Jornal do Commercio desta sexta-feira (7).

A renovação do Plano de Ajuste Fiscal (PAF) referente ao período 2014-2016 só deverá beneficiar Pernambuco a partir do primeiro ano da gestão do governador eleito Paulo Câmara (PSB), em 2015.

Essa, pelo menos, é a expectativa da administração estadual.

O governo federal não liberou o PAF na data limite, que era 31 de outubro, o que vai impedir que o Estado realize novas operações de empréstimo até o final do ano.

A informação foi repassada pelo secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Fred Amâncio.

Segundo ele, o governo está trabalhando para garantir a liberação neste período de prorrogação.

No entanto, mesmo que a renovação seja feita, não haverá impacto em 2014.

O PAF permite que o Estado realize operações de crédito por três anos.

A liberação tem que ser feita pelo governo federal.

O governador João Lyra Neto (PSB) tem se articulado para garantir a renovação desde que assumiu a administração, em abril.

Inicialmente, havia uma expectativa de que liberação seria feita até o dia 15 de junho, o que não ocorreu.

O assunto, inclusive, gerou reclamações de socialistas no período da campanha eleitoral.

A gestão alega que Pernambuco atende todosos critérios exigidos pelo governo federal.

LEIA TAMBÉM: » João Lyra diz que Pernambuco vai investir menos da metade do previsto, mas não acredita em retaliação do PT » Secretário da Fazenda de Pernambuco denuncia retaliação política do Planalto » Governo de Pernambuco pode diminuir ritmo de obras no final de 2014 » Desconheço essa dívida de R$ 8 bilhões, afirma João Lyra Entre os pré-requisitos para a renovação do PAF, estão a exigência de equilíbrio fiscal do Estado, além de percentuais mínimos de investimentos em saúde e educação e um gasto com pessoal dentro do percentual estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Na tarde de ontem, os secretários Fred Amâncio e Décio Padilha (Fazenda) passaram a tarde no edifício onde está situado o escritório de transição do governador eleito Paulo Câmara.

Ambos negaram ter participado de qualquer encontro para tratar da troca de informações entre as gestões.

Amâncio contou que o motivo da ida ao local foi para tratar da renovação de uma operação financeira junto à Caixa Econômica Federal, que funciona no mesmo prédio.

Segundo o secretário, a gestão está tratando da liberação de partede uma operação de R$ 1,06 bilhão.

Deste total, mais de 800 milhões já foram liberados. “Tivemos que apresentar as prestações de contas para liberar o restante”, contou.

Os recursos já estão sendo investidos, boa parte na restauração de estradas.