Felipe Carreras ocupará uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Foto: divulgação.
Sinalizado a postura de oposição a ser exercida no Congresso Nacional, o deputado federal eleito Felipe Carreras (PSB) criticou o reajuste nos preços da gasolina (3%) e do diesel (5%).
O ex-secretário de Turismo do Recife condenou o fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter liberado o reajuste onze dias após as eleições.
As denúncias de corrupção na Petrobras também devem integrar o discurso do parlamentar durante a atuação na Câmara.
Na opinião de Felipe Carreras, o governo Dilma está usando a Petrobras como um instrumento desastroso de política econômica. “A estatal está com um rombo imenso nas contas.
Em cinco anos, a dívida da Petrobras passou de R$ 71,5 bilhões em 2009 para R$ 241,3 bilhões.
Mesmo assim, a presidente preferiu segurar aumentos para driblar a alta da inflação”, observa o parlamentar, eleito com 187 mil votos. “Um absurdo a presidente liberar um aumento logo após 11 dias do resultado das eleições.
Como se não bastassem os escândalos que temos visto envolvendo a Petrobras, e agora também a Transpetro.
Nenhum brasileiro tem como ficar satisfeito com isso, pois sempre sobra para o bolso do trabalhador.
O governo tem empurrado a conta da sua má gestão para o brasileiro pagar”, afirmou Carreras.
Ele lembra que a própria presidente da Petrobras, Graça Foster, já havia admitido que o reajuste necessário para tentar diminuir o rombo seria de 8%. “Há uma defasagem dos preços praticados no Brasil com o do exterior, só piorando as contas da companhia.
Mas Dilma continua preferindo usar a Petrobras como escudo da inflação, escondendo dos eleitores esse descompasso.
Esse aumento agora é só para estancar a queda das ações da Petrobras. É notório como o atual governo perdeu o controle da nossa economia”, critica.
O próximo será de energia.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já liberou, em outubro, o reajuste de três concessionárias, com um aumento médio de 17% e, até dezembro, sai o de outras oito. “A seca fez o governo tentar poupar a água das hidrelétricas e acionar as usinas térmicas, que geram energia com preço bem mais caro.
As termelétricas vêm sendo usadas desde outubro de 2012.
No fim, quem paga a conta alta desse uso é o consumidor”, afirma Carreras.
A divulgação do levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostrou o aumento no número de miseráveis no Brasil também entrou na lista das críticas feitas pelo deputado eleito.
Para Carreras, o governo escondeu os dados durante as eleições para preservar a instituição. “Mas melhorar a qualidade de vida da população mais pobre, isso o governo não fez”, disse o deputado.
O número de pessoas extremamente pobres passou de 10,081 milhões em 2012 para 10,452 milhões em 2013.