Foto: Moreira Mariz/Agência Senado Coube ao senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, fazer a defesa do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) durante o primeiro discurso do senador Aécio Neves (PSDB) no Senado Federal após o segundo turno da disputa presidencial.
Em aparte, Humberto fez questão de lembrar que o PT venceu a eleição no voto e cobrou um posicionamento claro contra a tese de um impeachment de Dilma e a volta da Ditadura Militar. “Nós temos que dizer: não existem dois resultados.
Existe um resultado.
Vossa Excelência foi guerreiro, foi forte, teve uma grande votação, mas a vencedora é a presidenta Dilma Rousseff”, afirmou Humberto. “Nós precisamos, sem esquecer as nossas diferenças, defender com veemência a democracia no Brasil, nos manifestarmos de forma absolutamente clara e peremptória contra essas posições de defesa de impeachment ou de defesa da volta da ditadura militar”, disse o petista.
Leia também: Aécio condiciona diálogo à apuração de esquema de corrupção na Petrobras Numa disputa extremamente acirrada, Dilma foi reeleita no segundo turno eleitoral com 51,64% dos votos válidos, contra 48,36% de Aécio.
Em nome do PT, Humberto rechaçou a ideia de divisão no País e lembrou que Dilma estendeu a mão para setores contrários da sociedade.
Ele também criticou a onda de preconceitos contra nordestinos e lembrou que Dilma teve uma votação expressiva em todo o País e venceu em Minas Gerais; estado que o tucano governou por oito anos. “Esta foi uma campanha com muitos excessos de parte a parte.
A Presidenta Dilma foi vítima de agressões violentíssimas.
No Brasil, talvez apenas Getúlio Vargas e João Goulart tenham sido submetidos ao cerco a que essa mulher foi submetida ao longo desses quatro anos”, disse ainda o líder do PT.
Getúlio se suicidou em meio a pressões políticas e Goulart foi deposto pelo golpe militar de 1964.
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil AÉCIO - Durante o primeiro discurso após o retorno ao Senado, tentando se colocar como líder da oposição ao PT no País, Aécio condicionou o convite de Dilma ao diálogo à garantia de que as denúncias de corrupção na Petrobras sejam investigadas. ““Qualquer diálogo tem que estar condicionado ao aprofundamento das investigações e exemplares punições daqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção do país conhecido como Petrolão”, afirmou, antes de ser efusivamente aplaudido pelo plenário.