Foto: JC Imagem Se depender do entendimento dos deputados que irão compor a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em 2015, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) vai ter um contraponto mais expressivo no Legislativo do que o que era vivenciado pelo ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto, em meio a campanha presidencial.

O grupo de 11 parlamentares fará sua primeira reunião de bancada na tarde desta quarta-feira (5), mas já tem o esboço da estratégia que irá assumir a partir do próximo ano.

Um dos focos da oposição será aumentar as cobranças sobre temas que são tidos como calos da gestão do PSB no Palácio do Campo das Princesas.

Estão na lista as obras paradas do Presídio de Itaquitinga, na Mata Norte; a promessa não cumprida de fechar a unidade prisional em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR); o aumento nos índices de violência do Pacto Pela Vida; e as promessas de aumento de salário para os servidores públicos realizadas durante a campanha eleitoral.

O grupo também promete fazer uma “oposição cidadã”.

A definição significa que os parlamentares vão tentar aumentar o número de audiências públicas na Alepe em 2015 e realizar “visitas in loco” às principais ações do governo; numa reedição das blitzes realizadas pelo PSDB na gestão Eduardo Campos.

Foto: JC Imagem A reunião desta quarta deve ser o primeiro momento para garantir a integração da bancada de oposição e ouvir sugestões dos diversos parlamentares.

O grupo também deve aproveitar para fazer um balanço dos últimos oito anos de gestão do PSB no Palácio do Campo das Princesas; analisando os acertos e as falhas.

LIDERANÇA - O encontro, porém, ainda não deve ser usado para definir os espaços que os partidos de oposição vão ocupar na Casa, seja na disputa pela Mesa Diretora ou a liderança da oposição.

A tendência é que o posto de líder fique com o PTB, já que o partido do senador Armando Monteiro Neto foi o que mais elegeu parlamentares dentre os de oposição.

Estão cotados para assumir o papel de líder os deputados estaduais Sílvio Costa Filho, Romário Dias e Augusto César.

O partido terá seis parlamentares na próxima legislativa; enquanto o PT, que hoje lidera a oposição com Sérgio Leite, terá apenas três nomes.

A oposição ainda deve ser reforçada pelos deputados eleitos Edilson Silva (PSOL) e Priscila Krause (DEM).

A dupla foi convidada para a reunião desta quarta porque entrariam nos cálculos da bancada como opositores.

A presença de Priscila, porém, ainda geraria expectativa porque ela teria informado que precisava consultar a postura do DEM antes.

O partido apoiou Paulo Câmara e o deputado federal Mendonça Filho, que preside a sigla no Estado, demonstrou afinidade com o futuro governador durante a campanha.