Cartazes foram divulgados contra o prefeito.

Foto: Divulgação Por causa de uma decisão que retira benefícios antes concedidos aos servidores da educação de Moreno, município do Grande Recife, o prefeito Dilsinho Gomes (PSB) se viu em saia justa com os profissionais e a Câmara de Vereadores.

Sob protestos dos trabalhadores pedindo o impeachment do socialista, os parlamentares elaboraram um projeto de lei para derrubar o decreto do Executivo.

A questão começou quando o prefeito definiu que gratificações seriam suspensas, além da retirada do quinquênio e do auxílio-transporte pago a quem atua na zona rural.

Em reação a isso, os professores entraram em uma greve que durou 27 dias.

LEIA MAIS Em Moreno, servidores pedem impeachment de Dilsinho na Câmara Municipal A paralisação só acabou na semana passada, quando os 14 pontos da pauta de reivindicação foram debatidos entre o prefeito, os vereadores e o sindicato que representa a categoria, o Sinpremo.

O Executivo voltou atrás em relação ao reajuste a cada cinco anos, mas não aceitou a proposta dos profissionais em relação a questões como o auxílio-transporte, transformado dos 25% do salário para valores que variam de R$ 300 a R$ 450.

Até aí, tudo parecia bem.

O problema aumentou nessa segunda-feira (3), quando Dilsinho chamou os parlamentares e informou que o acordo não poderia mais ser cumprido.

Nem os vereadores nem os servidores aceitaram a revogação das decisões da semana passada, que deram fim à greve.

A medida dos vereadores foi elaborar, às pressas, um projeto de lei para tentar derrubar a decisão do prefeito - no caso dos profissionais, foi tentar tirar o próprio chefe do Executivo. “A Câmara jamais queria estar chegando nesse ponto, mas o prefeito fez uma ação que não deveria ter feito”, afirmou o presidente da Casa, Admilson Barbosa (PSD). “Devido às assinaturas no acordo, não poderíamos ficar calados.

Lançamos o projeto para derrubar o decreto e apresentamos em pauta.

A Comissão de Justiça e Redação no momento deu parecer e a Comissão de Finanças e Orçamento também.

Foi por isso que os vereadores pediram que fizesse segunda votação.

O projeto aprovado”, relatou.

Para Dilsinho, aliado do ex-governador Eduardo Campos (PSB), a oposição é a culpada pelo tumulto na cidade. “A oposição, desde a eleição, nunca desceu do palanque.

Eles não se conformam de terem perdido”, disse o prefeito ao Blog de Jamildo.