Foto: José Cruz/ABr A Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora Marina Silva tentou criar para concorrer às eleições deste ano antes de se filiar ao PSB, traçou uma estratégia para completar o número de assinaturas necessárias para criação do partido até janeiro ou fevereiro de 2015.
A meta anunciada é conseguir 100 mil assinaturas até o final do ano.
A ideia é apresentar a lista de apoiadores para criação da legenda em março do próximo ano ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A expectativa da Rede é que o TSE demore cerca de dois meses para analisar as assinaturas e o partido seja registrado entre abril e maio.
Para que os integrantes da Rede possam disputar as eleições de 2016, o partido precisa ser criado até outubro de 2015.
Em 2013, o TSE já havia reconhecido 442.525 assinaturas das 668 mil enviadas aos cartórios.
Outras 9 mil foram certificadas posteriormente.
A Lei exige que sejam coletados cerca de 490 mil apoios para o registro de um partido no País.
Com o registro da Rede negado dias antes do prazo final de filiações para concorrer nas eleições deste ano, Marina Silva se filiou ao PSB em outubro de 2013 para apoiar a candidatura presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos contra a polarização entre PT e PSDB expressa pelas candidaturas da presidente Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB).
No início da campanha eleitoral de 2014, Eduardo Campos concorria como presidenciável, tendo Marina como vice.
O pernambucano, porém, faleceu em um acidente aéreo ocorrido na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, no dia 13 de agosto, antes do primeiro turno.
Marina, então, foi escolhida pelo PSB para disputar a Presidência da República, chegou a aparecer à frente nas pesquisas de intenção de voto, mas perdeu apoios em meio às contradições da campanha e ataques do PT e do PSDB.
A ex-senadora também enfrentou resistências internas no próprio PSB, partido que era comandado por Campos.
No final da disputa, Marina teve 21,32% dos votos válidos; número similar ao que ela havia conquistado em 2010.
Deixada de fora do segundo turno, a ex-senadora ainda apoiou Aécio, que perdeu para Dilma em uma disputa extremamente acirrada.
Segundo o coordenador da Rede em Pernambuco, Roberto Leandro, militantes da Rede como Marina que se filiaram a outros partidos para poder disputar as eleições deste ano, devem esperar a oficialização da legenda para se desfiliarem. “Tão logo ela se registre, as pessoas vão se desfiliar”, afirmou ao Blog de Jamildo.
Hoje, existem militantes da Rede em esquema de “filiação programática” no PSB, PDT e PV.
Em Pernambuco, foram coletadas 30 mil assinaturas em 2013.