Foto: Agência Senado O senador pernambucano Humberto Costa (PT), líder do partido no Congresso Nacional, afirmou, durante a sessão desta terça-feira (4), que as manifestações realizadas pedindo a saída da presidente reeleita há poucos dias, Dilma Rousseff (PT), são contra a democracia.
No pronunciamento, Humberto ainda defendeu a reforma política e criticou, no plenário da Casa, o pedido de auditoria das urnas feito pelo PSDB, legenda do senador Aécio Neves (PSDB), adversário de Dilma nessas eleições. “Um grupo de fascistas absolutamente tresloucados tem realizado mobilizações nas ruas e nas redes sociais sempre com pouca participação falando em impeachment de uma presidente legitimamente eleita e pedindo uma intervenção militar”, afirmou, no início da sua fala esta tarde.
O petista ainda criticou a participação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC) em protesto anti-Dilma em São Paulo portando uma arma de fogo.
O parlamentar virou assunto muito comentado nas redes sociais ao ser flagrado em cima de um trio elétrico com uma arma na cintura, no momento em que exaltava a Polícia Militar.
Para Humberto, “a militarização desses movimentos é evidente”.
Humberto atribuiu aos mesmos grupos as ofensas contra os nordestinos publicadas nas redes sociais após o resultado das eleições do último dia 26.
O senador disse que os “argumentos covardes” são os mesmos que os usados pelos manifestantes e que é defendida a “construção de um muro para separar o Nordeste e o Norte das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul”.
O parlamentar subiu à tribuna para defender a reforma política.
Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, espera que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aceite nesta quarta-feira (5) a proposta do Grupo de Trabalho da Reforma Política (PEC 352/13).
O líder petista aproveitou a fala para questionar o pedido de auditoria das urnas feito pelos tucanos, apontando que a intenção seria de atingir a legitimidade do Tribunal Superior Eleitoral.
Para Humberto, a solicitação acaba “diminuindo a Justiça Eleitoral, diminuindo a nossa democracia para nós mesmos e o mundo”.