Mulheres são maioria nas urnas.

Foto: reprodução Facebook.

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) iniciou suas atividades em Pernambuco neste mês de novembro.

A nova sigla, que tem como pauta principal a luta pelos direitos das mulheres, busca assinaturas para conseguir o registro junto ao TSE e poder concorrer nas eleições de 2016.

Segundo um dos trechos do texto de apresentação do novo partido, “o PMB surgiu da força de vida radicado na experiência de mulheres progressistas; de mulheres e homens que manifestaram sempre a sua solidariedade com as mulheres privadas de liberdades políticas, vítimas de opressão, da exclusão e das terríveis condições de vida”. » Número de mulheres eleitas diminui no Brasil Umas das articuladoras do processo de busca por assinaturas, Josélia Maria esclarece que apesar de a mulher ser principal foco, o PMB não se trata de um partido feminista e está aberto para receber homens e mulheres na composição de seus quadros. “O partido nasceu da necessidade de inserir a mulher nas questões da vida pública.

As mulheres não têm participado da política brasileira tanto quanto deveria”, afirma Josélia, que é responsável pela atuação do PMB em Petrolina e no Sertão de Pernambuco.

A missão de Josélia é recolher na região, no mínimo, 500 assinaturas com o pedido de registro do partido.

O presidente do PMB em Pernambuco, Jamerson Dias, explica que o objetivo da nova sigla é incentivar as políticas públicas voltadas para as mulheres.

Segundo Dias, os partidos enxergam as mulheres apenas como números e não criam projetos específicos voltados para o segmento. “Eles não priorizam a criação de creches ou a realização de diagnósticos simples, como o câncer de mama”, explica.

O partido já possui diretórios em 14 Estados da Federação.

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Outro eixo de atuação do PMB é a valorização social, ética e profissional da mulher.

De acordo com Josélia, o patrimônio público é melhor conduzido quando administrado por uma mulher. “A mulher tem mais zelo pela coisa pública”, disse, usando como justificativa que são pouquíssimas as mulheres envolvidas nos frequentes escândalos de corrupção.

A representante do PMB no Estado faz um balanço negativo do primeiro mandato do governo Dilma Rousseff (PT), primeira mulher presidente do Brasil, assim como a gestão do PT à frente do Governo Federal de maneira ampla.

As principais críticas de Josélia se direcionam ao Bolsa Família, maior programa de distribuição de renda e assistencialismo social do governo do PT.

Josélia não concorda com o discurso do PT quando afirma que o Bolsa Família emancipa a mulher, justificando ainda que o programa incentiva a pouca participação da mulher no mercado de trabalho, aumenta o comodismo e contribui para a alta taxa de natalidade nas cidades do interior, pois as mulheres buscam mais filho para receber ou aumentar o valor do benefício: “Não vi avanços nesse governo.

Não somos pedintes e não precisamos de esmola”, disse a coordenadora.

Foto: Reprodução/Facebook O PMB tem como propostas mais investimentos do Governo Federal na construção de creches e escolas de período integral, para que as mulheres possam passar o dia no trabalho sem ter que se preocupar em não ter com quem deixar os filhos: “Essas políticas de assistencialismo alijam as mulheres.

Essa fórmula eu não consigo digerir. É mais importante criar condições para que a mulher possa trabalhar.

Essa política de comodismo eu não defendo”, concluiu.

Desde janeiro de 2014, o PMB já recebeu cerca de 400 mil assinaturas de apoio à sua criação.

Para conseguir o registro são necessárias 491. 656 rubricas. “O PMB quer transformar política pública em realidade”, diz Jamerson, acrescentando que conchavos políticos não vão fazer parte do PMB. “A pauta será a bandeira da mulher e também do homem e do idoso”, afirma.