Foto: Reprodução/Internet Em resposta à nota de repúdio enviada ao Blog de Jamildo por entidades do segmento LGBT, a vereadora do Recife Michele Collins (PP) negou, nesta segunda-feira (3), que são sinal de preconceito as emendas propostas por ela à Lei Orçamentária do Recife (LOA) para o ano de 2015, em que recursos destinados à população homossexual seriam transferidas para ações destinadas aos idosos, à criança e ao adolescente e aos deficientes físicos.

LEIA TAMBÉM Grupos LGBT emitem nota de repúdio a Michele Collins “Não foi, de maneira nenhuma, por nenhum sentimento de exclusão de algum grupo ou de preconceito.

Eu penso que as políticas públicas devem beneficiar toda a população e não uma parte em detrimento de outra”, disse a parlamentar.

Para Michele Collins, o segmento deve ser incluído nos projetos para a sociedade em geral e não ter ações voltadas para ele. “Não aceito, de maneira nenhuma, essas pessoas, esses ativistas gays, quererem me julgar sem me conhecer, sem conhecer o meu trabalho, sem conhecer a minha intenção verdadeira”, afirmou, apontando como injustos comentários que a acusam de preconceito. “Não me considero homofóbica.

A homofobia é doença e não sou doente, não sou preconceituosa, não me falta amor”, disse.

Michele Collins ainda se manifestou contra a aprovação do Projeto de Lei do Executivo 60/2013, que institui a criação do Conselho Municipal de Políticas Públicas para a População LGBT. “Já votei contra na comissão (de Direitos Humanos).

Fui a única que votou contra.

Recife não tem necessidade de ter mais um conselho, mas que os que já existem funcionem”, afirmou.

A integrante do Partido Progressista defende que as questões LGBT sejam tratadas nas instâncias de Direitos Humanos em cada um dos poderes.

Por causa das emendas, a vereadora denunciou ter sofrido agressões na sua página do Facebook.

Questionada se tomaria medidas legais em relação aos xingamentos recebidos, disse que imprimiu alguns e entregou ao presidente da Casa, Vicente André Gomes (PSB). “Da minha parte, eu entrego tudo na mão de Deus e Deus é minha justiça”, finalizou a parlamentar ligada à igreja evangélica Assembleia de Deus.