Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem Deve passar por um diálogo com Paulo Câmara (PSB), que assumirá o Governo de Pernambuco em janeiro, a organização da agenda de inaugurações que o governador João Lyra Neto (PSB) deve realizar na reta final de seu governo.

A ideia é analisar com ele o impacto que algumas grandes obras podem ter sobre o Orçamento de 2015.

Dentre as principais obras que são tocadas pelo Governo do Estado estão dois hospitais, seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 13 escolas técnicas.

A avaliação é que o Estado pode apressar algumas dessas obras para entregá-las até o final do ano, mas elas deixariam um custo de manutenção que Câmara teria que assumir a partir de janeiro.

Lyra e Câmara devem se reunir agora após o retorno da viagem a Roma, na Itália, onde foram assistir a apresentação da Orquestra Criança Cidadã para o Papa Francisco.

A decisão de fazer as inaugurações deve ser tomada ainda nesta semana.

LEIA TAMBÉM: » Governo de Pernambuco pode diminuir ritmo de obras no final de 2014 » João Lyra diz que Pernambuco vai investir menos da metade do previsto, mas não acredita em retaliação do PT » Secretário da Fazenda de Pernambuco denuncia retaliação política do Planalto O Palácio do Campo das Princesas conta que João Lyra tem mais de 500 obras que podem ser inauguradas na reta final do mandato.

A maioria delas, de pequeno porte, como as ações do Fundo Estadual de Apoio aos Municípios (FEM).

João Lyra Neto assumiu o Governo do Estado em abril, após a renúncia do ex-governador Eduardo Campos, falecido meses depois, para disputar a Presidência da República.

Ele chegou a ser cotado como candidato à sucessão, mas foi preterido em função de Paulo Câmara porque este representaria melhor a imagem de uma “nova política”.

CAIXA - Há duas semanas, o Blog de Jamildo publicou que o governador João Lyra Neto admitia a possibilidade de reduzir o ritmo de algumas obras tocadas pelo Governo de Pernambuco para adequar o exercício fiscal do Palácio à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A legislação determina que, ao concluir o mandato, o gestor deve deixar as despesas pagas ou dinheiro em caixa suficiente para quitar os pagamentos das despesas contraídas.

Quando tomou posse, Lyra prometeu encerrar todo o exercício financeiro do Estado até o dia 30 de novembro.

Por causa da demora na liberação de empréstimos pelo governo federal, o Governo do Estado vai investir menos da metade dos R$ 3,07 bilhões previstos para 2014.

Apesar disso, em entrevista à Rádio Jornal, o governador disse não acreditar na tese de retaliação ao PSB da gestão Dilma Rousseff (PT).