Em seu discurso após ser reeleita, Dilma propôs um plebiscito para que os brasileiros decidam o conteúdo da reforma.
Depois, o Congresso elaboraria as mudanças.
Passada a eleição, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se reuniu com Dilma e afirmou que o governo fará um grande diálogo com o Congresso Nacional e com a sociedade para decidir como poderá ser realizada uma reforma política no país, uma das principais promessas de Dilma para o seu próximo mandato.
Entre as medidas previstas na reforma estão o fim da reeleição para cargos no Executivo, o fim do voto obrigatório, facilidades para criação de partidos, medidas para restringir a atuação de legendas com desempenho ruim nas eleições para deputados federais, além de engessar alianças eleitorais e dividir os Estados em circunscrição eleitoral para eleger entre quatro e sete deputados.
Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, espera que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aceite nesta quarta-feira (5) a proposta do Grupo de Trabalho da Reforma Política (PEC 352/13).
A expectativa do presidente é que, após essa aprovação, seja criada uma comissão especial onde serão ouvidos setores da sociedade, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e os movimentos sociais.
O que for aprovado na Câmara, segundo o presidente, será levado a um referendo popular. “É importante o povo participar dessa decisão e é mais simples tendo um projeto, fácil de entender.
Eu acho que isso dá uma reposta imediata de uma reforma política que essa Casa tem de fazer.
Já devia ter feito, não fez.
Eu acho que é um mea culpa de todos nós, mas a futura legislatura terá de fazer”, disse o presidente ao chegar à Câmara nesta quinta-feira.