Por Sheila Borges, da coluna pinga-fogo, do Jornal do Commercio Depois de ser rifado para encabeçar a majoritária da Frente Popular, de assumir o executivo em meio ao rompimento do PSB com o PT, de entrar sem entusiasmo na campanha e, mesmo assim, ter que partir para o fronte em função da reeleição da filha, a deputada Raquel Lyra, parece que a gestão do governado João Lyra começou agora.
Coincidência ou não, é hoje que ele volta ao comando do Poder Executivo após uma rápida viagem ao exterior.
Por isso, a impressão é que o mandato dele, que já era “tampão”, ficou mais curto ainda.
João Lyra tem apenas dois meses para mostrar, para dentro e para fora do governo, a sua marca.
Internamente tem encontrado dificuldades, pois a gestão está engessada financeiramente.
Aos mais chegados, Lyra chegou a admitir que pensou em não assumir o cargo.
Afinal, sabia que o atual governo não seria o dele, mas ainda de Eduardo Campos.
O ex-governador deixou as metas administrativas e financeiras definidas.
Da atual equipe, Lyra só tem na sua cota cinco auxiliares.
Os demais rezam pela antiga cartilha.
Tanto é assim que a rádio corredor do Palácio diz que parte do secretariado já bate continência a Paulo Câmara, o herdeiro de Eduardo.
Externamente, Lyra protagonizará algumas publicidades para se mostrar à população.
Nesse contexto, fará um agendão em bloco e por região para inaugurar aproximadamente 600 obras.
Tudo de forma tímida, assim como começou.