Foto: NELSON ALMEIDA / AFP Com informações da coluna Painel, na Folha de S.

Paulo Pegou mal até entre os aliados de Aécio Neves (PSDB) o pedido de auditoria especial para a apuração dos votos no segundo turno das eleições presidenciais, protocolado junto ao TSE nessa quinta-feira (30).

Alguns tucanos pensam que a atitude pode ser mal entendida entre uma parcela do eleitorado, pois é possível que seja recebida como “choro de perdedor”. “Isso não ajuda a fortalecer as instituições. É preciso analisar com prudência o que é boato e o que é evidência”, reclamou o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), Samuel Moreira (PSDB).

A indignação de Moreira é endossada pelo coro de outros tucanos e partidos da oposição, já que o pedido foi definido por “absurdo” e “burrada”.

As críticas foram feitas sob anonimato.

LEIA TAMBÉM: » PSDB pede auditoria especial na eleição presidencial » Vitória de Dilma foi a mais acirrada desde a redemocratização » Humberto Costa diz que pedido do PSDB para auditar votos é “tentativa de golpe” O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Melo, foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando o sistema de urnas eletrônicas foi implementado e diz acreditar na sua eficiência: “Até aqui, confio plenamente.

Se surgir prova de fraude, darei a mão à palmatória”, pontuou.

Entre os quadros do PT, o pedido de auditoria foi recebido com repúdio.

Nessa sexta-feira (31), o Senador Humberto Costa (PT-PE), concedeu entrevista ao Blog de Jamildo e disparou ferrenhas críticas ao partido de Aécio: “É uma coisa ridícula, não há qualquer questionamento sobre qualquer coisa relativa ao segundo turno da eleição”, disse o petista.

O senador pernambucano ainda acusou o PSDB de tentar promover um “terceiro turno” das eleições: “Seja criando dificuldades para a presidente, seja patrocinando essas coisas de impeachment”.

Aécio Neves foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições realizado no último dia 26 de outubro.

Numa disputa acirrada, a petista venceu com uma diferença de cerca de três milhões de votos, alcançando 51,64% destes contra 48,36% do senador mineiro.