Montagem: Blog de Jamildo Os deputados federais eleitos neste ano tomam posse apenas em 1º de fevereiro de 2015, mas os deputados federais eleitos do PSDB de Pernambuco, Daniel Coelho e Betinho Gomes, já estão com discurso afiado na oposição à presidente Dilma Rousseff (PT).
Os dois, que se destacaram como oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nos últimos anos, vão se somar ao deputado federal Bruno Araújo na bancada tucana do Estado. “Ela sinalizou com o diálogo mas, ao mesmo tempo, propôs uma reforma política via plebiscito, ou seja, excluiu o Congresso do debate de um tema relevante.
Preocupa-me muito um governo que na campanha diz que fará algo e depois faz diferente.
Por exemplo, eles falaram que o PSDB só sabe aumentar juros, três dias depois foram eles que aumentaram; falaram que Marina iria colocar um banqueiro no Ministério da Fazenda, agora estão atrás de um banqueiro para o mesmo cargo”, critica Betinho Gomes. “Esse é um governo com dificuldades na área econômica, sem falar dos problemas na área política que serão agravados em função das denúncias no centro da Petrobras, porque muitas ainda não vieram à tona, e em função do fato de uma sociedade que saiu das urnas dividida politicamente”, afirma.
Já Daniel Coelho segue dizendo que sua prioridade será lutar para que saia do papel o Arco Metropolitano, obra viária que promete destravar o tráfego entre os litorais norte e sul de Pernambuco, onde estão, por exemplo, a fábrica do Grupo Fiat e o Porto de Suape, respectivamente.
Ex-líder da oposição no Estado, o tucano questiona a vontade “espontânea” do governo federal para tirar a obra do papel, no momento em que se discute uma possível retaliação do PT à gestão estadual pelo fato de o governador eleito Paulo Câmara (PSB) ter apoiado Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. “O PSDB vai reforçar essa prioridade porque é uma obra de extrema importância para o Estado.
Já que a gente tem pouca confiança de que o governo federal vá fazer essa obra de livre e espontânea vontade, cabe à oposição não deixá-la cair no esquecimento.
Nós não podemos nos encontrar daqui a 4 anos discutindo novamente o Arco Metropolitano”, diz.