Foto: George Gianni/PSDB Um dos vice-presidentes nacionais do PSDB, o deputado federal Bruno Araújo, que comanda o partido em Pernambuco, afirmou, na manhã desta quinta-feira (30), em entrevista ao Blog de Jamildo, que os tucanos esperam ter o PSB como aliado na oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Esperamos que o PSB seja um aliado no Congresso dos parlamentares que entenderam o recado das urnas”, afirmou o deputado, por telefone.
Apesar do gesto, Bruno Araújo disse que os tucanos vão respeitar a decisão interna do PSB. “O PSB é um partido maduro, que teve muita coragem em fazer uma escolha por Aécio nesse segundo turno”, afirmou.
O apoio socialista ao senador Aécio Neves (PSDB) na corrida presidencial, articulado pelo PSB de Pernambuco, diz o deputado, fez com o apreço tucano pelos socialistas esteja ainda maior.
LEIA TAMBÉM: » PSB vai continuar na oposição, garante Geraldo Julio » Não há alinhamento automático entre PSB e PSDB, diz Tadeu Alencar » Humberto Costa diz que PT quer dialogar com PSB » PSB pode estar arrependido de não ter apoiado Dilma, afirma Marília Arraes Na terça (28), o vice-presidente do PSB em Pernambuco, o deputado federal eleito Tadeu Alencar, deixou em aberta a possibilidade de os socialistas se alinharem com o PT, e não com o PSDB, no plano federal. “Essa foi uma aliança que ela é circunstancial.
O que vai definir ao lado de quem estaremos juntos no Congresso Nacional é precisamente a posição com relação a agenda de reformas”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal.
No dia seguinte, também em entrevista à Rádio Jornal, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, que é secretário-geral do PSB, garantiu que o partido continuará na oposição, mas fará uma crítica responsável.
Questionado sobre um possível alinhamento com os tucanos, Geraldo disse que os socialistas estão mais próximos da própria história e que os compromissos fundamentais são com o povo.
Apesar do clima de indefinição no PSB, Bruno Araújo diz não ter a menor dúvida de que a oposição estará mais forte em 2015.
Dilma foi reeleita com 51,46% dos votos, enquanto Aécio teve 48,36%. “A sociedade continua mobilizada, nas ruas”, explica o tucano.
O deputado diz ainda que além da agenda de reformas, o novo Congresso será demandado a se dedicar à “limpeza interna” no início de 2015 por causa das denúncias de desvios na Petrobras para pagamento de propinas a deputados. “Por tudo o que a gente ouve, o que foi divulgado até a gora é só a ponta do iceberg”, avalia.