Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados Em discurso no Plenário da Câmara Federal nessa terça-feira (28), o deputado pernambucano Mendonça Filho, líder do DEM na Casa, disse que a busca de um nome ligado ao mercado para o Ministério da Fazenda pelo Palácio do Planalto mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) quer ter o seu próprio Armínio Fraga.

Anunciado como futuro ministro da Fazenda do senador Aécio Neves (PSDB), Armínio foi criticado duramente pelo PT por ser próximo do mercado financeiro. “Já se fala, como se falou no jornal de hoje, de se convocar um ministro da Fazenda que seja alinhado com o mercado.

Uma espécie de Armínio Fraga da presidente Dilma.

Mostrando literalmente que aquele discurso da campanha política, era para ganhar votos”, alfinetou o deputado.

No governo, a tendência seria escolher um nome próximo ao mercado para acalmar a economia, desgastada com o atual ministro Guido Mantega, que Dilma anunciou que tiraria do cargo ainda durante a campanha.

O nome do presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, chegou a ser levantado.

Em entrevista à TV Record, a presidente evitou confimar o perfil do ministro e prometeu anunciar o novo ministério todo de uma vez. “Eu quero que ela insista na política econômica do Guido Mantega, para ver onde é que o Brasil vai parar.

Afundado na recessão, na inflação crescente, no descontrole dos gastos públicos.

Num ônus cada vez maior para a sociedade brasileira”, cobrou Mendonça Filho. “Dentro de poucos meses, se persistirem nessa política econômica desastrosa, do auto-elogio do ministro da Fazenda, a gente vai ver, mais uma vez, milhões de brasileiros nas ruas, protestando”, previu.

AÉCIO - Mendonça fez ainda um balanço da campanha presidencial, elogiou Aécio Neves e disse que o senador saiu da eleição maior do que entrou. “Eu não tenho dúvida de que ele liderará, com certeza, a oposição no Brasil, para que a gente possa cobrar da presidente Dilma os compromissos assumidos no palanque durante a eleição de 2014”, garantiu.

Mendonça disse que a oposição vai ter o papel de cobrar para que Dilma ofereça dias melhores ao Brasil. “Não sou otimista com relação a isso, infelizmente”, vaticinou.