Foto: Dayvison Nunes/ JC Imagem Vice-presidente do PSB de Pernambuco, o deputado federal eleito Tadeu Alencar afirmou, na manhã desta terça-feira (28), em entrevista à Rádio Jornal do Recife, que não haverá alinhamento automático entre o PSB e o PSDB a partir de 2015 e que os socialistas vão manter os compromissos ideológicos e partidários do partido; o que pode abrir espaço para uma reaproximação com o PT no plano nacional. “Essa foi uma aliança que ela é circunstancial.
O que vai definir ao lado de quem estaremos juntos no Congresso Nacional é precisamente a posição com relação a agenda de reformas.
Então, não há alinhamento automático, senão com os compromissos que historicamente o PSB defende”, afirmou Alencar.
Leia também: » Humberto Costa diz que PT quer dialogar com PSB “Teremos uma pauta muito intensa no Congresso Nacional e é essa pauta que vai definir do lado de quem vamos estar no Congresso Nacional.
Não há, a priori, nenhum posicionamento de alinhamento automático com os partidos que estão na oposição, porque o nosso projeto, sempre foi dito isso com clareza, era o projeto de fazer uma grande mudança com o governador Eduardo Campos”, disse ainda.
Tadeu Alencar afirmou que o PSB não vai fazer uma oposição sem critério, apostando sempre no pior. “Vamos ocupar de modo muito consciente o papel que nos cabe no âmbito federal, que foi de oposição”, afirmou. “Vamos manter a coerência com os compromissos políticos, ideológicos, programáticos e populares que marcam a história do PSB.
Então, vamos estar onde sempre estivemos, defendendo o interesse do povo”, garantiu.
O futuro deputado também disse que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) vai permitir que ela faça os ajustes necessários no governo.
Ele acredita que a própria petista reconhece isso, tanto que, no discurso após a vitória, falou várias vezes em mudança.
O PSB deixou a base aliada do PT em setembro do ano passado para construir a candidatura presidencial do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que faleceu em um acidente aéreo ocorrido em agosto, em plena campanha presidencial.
Após a derrota da ex-senadora Marina Silva (PSB), o partido apoiou o senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da corrida presidencial, após uma articulação promovida por aliados e pela família de Campos.