A Sondagem da Indústria da Construção revelou que houve redução em todas as variáveis pesquisadas em setembro, no Brasil.

No nível de atividade em relação ao mês anterior constatou-se recuo de 0,7 ponto, marcando 42,3 pontos; no nível de atividade em relação ao usual a queda foi de 2,6 pontos, chegando ao resultado de 38,8 e a evolução do número de empregados caiu 0,4 ponto, atingindo a marca de 43,1 pontos.

No Nordeste, ocorreu crescimento apenas no número de empregados que evoluiu 3,0 pontos em relação a agosto, fechando o mês em 47,9 pontos.

Já as variáveis nível de atividade em relação ao mês anterior e nível de atividade em relação ao usual apresentaram redução, e os resultados foram, respectivamente, 45,6 e 41,2 pontos.

Em Pernambuco, o número de empregados também evoluiu positivamente em 3,8 pontos e marcou 47,9 pontos.

O mesmo não aconteceu nas variáveis nível de atividade em relação ao mês anterior e nível de atividade em relação ao usual que registraram baixa e terminaram com 40,0 pontos e 38,6 pontos.

O estudo, divulgado pela Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEPE, também trata das expectativas dos empresários da construção em Pernambuco para os próximos seis meses, e os conclusões obtidas sinalizam queda nas quatro variáveis pesquisadas.

A oferta de novos empreendimentos e serviços foi a variável que apresentou maior queda no período, 9,6 pontos, e obteve 47,1 pontos. “A combinação de fatores como o maior nível inflacionário (IPCA em 6,5 % a.a.), uma maior restrição e encarecimento do credito por parte do sistema financeiro e consequentemente um menor crescimento da atividade economia e industrial produzem efeitos perversos sobre o consumo e afetam diretamente o mercado da construção civil”, analisou Thobias Silva, gerente da unidade.

Nas demais variáveis os resultados foram os seguintes: compras de matérias-primas (48,5 pontos), número de empregados (48,5 pontos) e nível de atividade (51,7 pontos).

Eleita pelos empresários, a carga tributária persiste como principal problema enfrentado pelo setor da construção, sendo citada por 71,4% dos entrevistados.

A falta de demanda, a inadimplência dos clientes e o alto custo da mão de obra, foram as principais dificuldades para 42,9%.

Seguindo no ranking de problemas enfrentados pelo setor, Taxas de Juros Elevadas foi apontada por 35,7%, e Competição Acirrada de Mercado e Alto custo da Matéria Prima tiveram 21,4% cada.

O terceiro trimestre de 2014, mostrou-se pior para as indústrias da construção em Pernambuco.

O índice de margem de lucro operacional (40,5 pontos) caiu 11,7 pontos e o de situação financeira reduziu 43,1 pontos, baixa de 13,1 pontos; já no acesso a crédito a diminuição foi de 4,4 pontos, chegando a 37,6 pontos.