Foto: @Mr_Machado/Twitter Com informações da Folha de S.

Paulo e do JC Online Revistas picadas, sacos de lixo rasgados e pedaços de papel higiênico foram espalhados na frente do prédio onde funciona a sede da Editora Abril, na Zona Oeste de São Paulo, na noite dessa sexta-feira (24), em protesto a reportagem de capa desta semana da Veja, que diz que a presidente candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), e o ex-presidente Lula, ambos do PT, sabiam do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

O prédio também foi pichado com frases como “Veja mente” e “fora Veja”, assinadas pela União da Juventude Socialista (UJS), organização ligada ao PCdoB.

Porém, a autenticidade da assinatura não foi confirmada.

Quatro pessoas foram detidas pela Polícia Militar.

O grupo, formado por cerca de 50, onde assinaram um termo circunstanciado de ocorrência.

LEIA TAMBÉM » No último programa eleitoral, Dilma minimiza ataques da Veja e Aécio ataca com denúncias da revista » Presidente do PT diz que partido entrou com sete ações contra Veja » Leitores no Recife dizem ter sido impedidos de comprar Veja, mas vendas estão liberadas » Veja: Dilma e Lula sabiam de tudo, diz Alberto Youssef à PF Candidata à reeleição, Dilma havia acusado a revista de fazer “terrorismo eleitoral” por publicar a reportagem em que o doleiro Alberto Youssef teria dito em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que a presidente e Lula tinham conhecimento sobre o esquema de corrupção.

Na capa da publicação semanal, o título é “Eles sabiam de tudo”.

Dilma se posicionou sobre o assunto pelo Facebook: “Eu lamento qualquer ato de vandalismo, não concordo com ato de vandalismo.

Repudio formas, todas elas, de violência como resposta e discussão política.

Isso é uma barbárie, não deve ocorrer, deve ser coibido.

Ou seja, nós só podemos aceitar um padrão de discussão que seja pacífico, com argumentos e que defenda posições e não que ataque uns aos outros.

Não se cria um País civilizado e democrático dessa forma.

Repudio integralmente.” Aécio Neves (PSDB), candidato adversário de Dilma neste segundo turno, comentou o protesto em frente ao prédio: “Quero aqui, de público, deixar um profundo protesto registrado contra os vândalos, criminosos que atacaram agora o prédio de um importante veiculo de comunicação, que nada mais fez do que mostrar denúncias em relação a esse governo.

Isso é muito grave.

A democracia que conquistamos, e muitos ficaram pelo caminho, pressupõe como um de seus pilares fundamentais a absoluta liberdade de expressão, sejam elas coletivas ou individuais, em especial a liberdade de imprensa.

O país que quero governar é o país da generosidade e da união. É o país do respeito ao contraditório. É o país da verdade.

Esses atos, que deveriam já ter recebido, não sei se receberam, uma recriminação dura dos meus adversários. É um país que não interessa a todos os brasileiros.

Eu serei o presidente da união e da generosidade, o presidente que vai preparar o Brasil para um grande salto em busca de um futuro mais digno e de mais esperança do que esse que nos apresenta o atual governo.”