Aécio, acompanhado do prefeito do recife, Geraldo Julio (PSB), do governador eleito Paulo Câmara (PSB) e do senador eleito, Fernando Bezerra Coelho (PSB), Foto: BlogImagem.
Candidato à Presidência da República com apoio do PSB, o senador Aécio Neves (PSDB) afirmou, em entrevista à Rádio Jornal do Recife na manhã desta quarta-feira (22), que a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) retalia o governo do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), deixado de repassar repasses federais para a capital pernambucana.
Aécio classificou Geraldo como “discriminado” pela gestão do PT. “Me assusta a forma como o PT vem tratando o prefeito da capital.
Será que o governo do PT também vai tratar o governador mais votado no Brasil de forma discriminatória?
Espero que não”, questionou o candidato tucano. “Quando o governo federal deixa de transferir os repasses, por exemplo, para o Hospital da Mulher do Recife, ou a área da Saúde, ou para a feira de Afogados, simplesmente porque o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara tiveram uma posição solidária a Eduardo Campos, eu acho que é um grande equívoco, porque o dinheiro não é deles. É dinheiro público, do cidadão”, cobrou Aécio.
Na semana passada, um dia depois que o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, declarou na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que o Estado havia deixado de receber mais de R$ 1 bilhão em repasses federais porque o PSB deixou a base de apoio petista, Geraldo Julio se queixou da falta de recursos da União para a Prefeitura do Recife. “Acho que o equívoco que se comete é as pessoas considerarem que ao transferirem um recurso, está se fazendo um favor”, disse Aécio nesta quarta. “O Bolsa Família não é um favor político, é um direito do cidadão”, afirmou.
Em meio às críticas, Aécio se colocou como uma garantia de que o Palácio do Planalto dará continuidade às parcerias com o Estado. “Eu serei um grande parceiro do prefeito Geraldo Julio no Recife, do governado Paulo Câmara, cujo apoio eu agradeço aqui de púbilco, tenho esse compromisso com o Estado”, disse.