Foto: reprodução da Internet Matéria da Folha de S.
Paulo desta segunda-feira (20) aponta que o Tribunal de Contas da União (TCU) teria apontado falhas nas obras de construção do Complexo Petroquímico de Suape, que foi construído ao lado do terreno da Refinaria Abreu e Lima, cuja construção está no centro das denúncias da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
Segundo o jornal, o TCU teria investigado o estouro do prazo e do orçamento de construção do empreendimento.
O Complexo deveria ficar pronto em 2009 e custar um investimento de R$ 2 bilhões à Petrobras.
A obra só foi totalmente concluída agora em 2014 e o investimento da estatal estaria na casa dos R$ 5,5 bilhões.
O TCU chegou a realizar vistorias no empreendimento em 2012 e 2013 e os fiscais apontaram aumento de até 100% nos custos da obra.
O órgão questiona o fato de a empreiteira Odebrecht ter sido contratada diretamente, sem a necessidade de licitação; o que é permitido por lei, mas não costuma ser feito pela empresa.
O TCU também acredita que o projeto básico da obra era “insuficiente”.
Os fiscais do Tribunal também acreditam que a Petrobras teria sido induzida a erro e falhou ao acompanhar a obra porque a Odebrecht participou do projeto e depois pediu i"aumentos de quantitativos" que não haviam sido cogitados.
O Complexo Petroquímico de Suape tem o objetivo de produzir insumos, resina PET e fibra têxtil que deveriam economizar até US$ 1 bilhão com importações.
A primeira unidade entrou em operação em 2012, a segunda agora em 2014 e a terceira, apesar de pronta, ainda não entrou em operação.
Em 2007, a pedra fundamental da obra foi lançada pelo ex-presidente Lula (PT), pelo então governador Eduardo Campos (PSB) e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, hoje delator do esquema de corrupção.