Governador de Pernambuco, João Lyra quer fechar exercício financeiro de 2014 até novembro.
Foto: reprodução do Facebook de João Lyra Neto Em clima de final de gestão, o ritmo das obras do Governo de Pernambuco pode ser reduzido nos dois últimos meses de 2014 para adequar o exercício fiscal à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A possibilidade foi admitida pelo governador João Lyra Neto (PSB) a dois interlocutores na última semana.
A LRF determina que todo gestor deve deixar as despesas pagas ao final da gestão ou dinheiro em caixa para quitar os pagamentos das despesas contraídas.
A diminuição no ritmo das obras seria um mecanismo para aumentar as reservas.
Assim que assumiu o governo em abril, após a renúncia do ex-governador Eduardo Campos, Lyra anunciou que pretende encerrar todo o exercício financeiro de 2014 até o dia 30 de novembro, para que o mês de dezembro seja dedicado à adequação das contas à LRF.
LEIA TAMBÉM: » João Lyra diz que Pernambuco vai investir menos da metade do previsto, mas não acredita em retaliação do PT » Secretário da Fazenda de Pernambuco denuncia retaliação política do Planalto » João Lyra reúne equipe para pedir empenho na reta final da gestão O desafio de fechar as contas vem no momento em que o secretário da Fazenda, Décio Padilha, foi a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para acusar uma retaliação do governo federal com Pernambuco com Pernambuco pela saída do PSB da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT).
Em entrevista à Rádio Jornal, há três dias, Lyra negou a tese de retaliação porque todos os estados estariam passando por apertos.
O motivo seria a falta de dinheiro nos cofres do Tesouro Nacional.
O governador reconheceu, porém, que o atraso do Planalto em renovar o Programa de Ajustamento Fiscal (PAF), necessário para liberação de empréstimos, fará com que o governo pernambucano acabe investindo menos da metade do que estava previsto para este ano.
A previsão inicial do Palácio do Campo das Princesas era investir até R$ 3,07 bilhões ao longo de 2014.
O governo deixou de receber R$ 1,52 bilhões em empréstimos que, apesar de concedidos, não puderam ser liberados.
A expectativa de Lyra, porém, é que os empréstimos sejam liberados a partir de novembro, podendo serem aplicados no começo da administração do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB).
A transição entre os dois aliados começa a ser acertada nesta segunda-feira (20).