Em Belo Horizonte, Lula compara Aécio Neves a Collor e sugere que ele bate em mulher.

Foto: Roberto Stuckert/Instituto Lula Eleito presidente da República em 1989 e deposto em outubro de 1992 em meio a denúncias de corrupção, o ex-presidente Fernando Collor, hoje senador pelo PTB em Alagoas, virou o personagem principal dos ataque entre os grupos políticos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que disputam o segundo turno da corrida presidencial no próximo dia 26.

Durante um comício em Belo Horizonte, o ex-presidente Lula (PT), padrinho político de Dilma, comparou Aécio a Collor. “Em 1989, com medo de mim, com medo do Ulysses, do Brizola, com medo do Mário Covas, muitas vezes instigado pela imprensa, este país escolheu o Collor como presidente da República dizendo que era o novo.

E vocês sabem o que aconteceu neste país”, afirmou o petista.

Renan Filho e Fernando Collor formam palanque do PT em Alagoas.

Foto: reprodução do Facebook Lula também subiu o tom da campanha sugerindo, em seu discurso, que o candidato tucano bate em mulheres. “A tática dele é a seguinte: vou partir para a agressão.

Meu negócio com mulher é partir para cima agredindo”, disse o ex-presidente, que chamou o mineiro de “filhinho de papai” e “vingativo”.

Por meio de nota, o vice de Aécio, o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, rebateu as declarações do petista e comparou o próprio Lula a Collor, que se reelegeu com apoio do PT, em Alagoas, no dia 5 deste mês. “No momento em que se pede para elevar o nível do debate, o ex-presidente Lula dá as mais baixas declarações em uma campanha presidencial da história.

Pior até do que as ofensas que o próprio Lula sofreu em 1989 de Fernando Collor, atualmente seu aliado”, escreveu o tucano. “A explicação para isso vem do desespero pelo risco de o PT perder o poder.

Acaba de surgir um novo personagem na política brasileira, falta só definir um nome: Fernando Lula de Melo ou Luiz Inácio Collor da Silva”, afirmou ainda.