Dilma Rousseff, PT, é acusada por integrantes do PSB de Pernambuco de retaliar Estado.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (17), o senador Humberto Costa (PT) garantiu que a gestão do PT no Palácio do Planalto nunca discriminou administrações de partidos de oposição nos estados.
A declaração acontece no momento em que integrantes do PSB acusam o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) de boicotar repasses federais para Pernambuco depois que os socialistas deixaram a base de apoio do Planalto para lançar a candidatura do ex-governador Eduardo Campos, falecido em um acidente aéreo em agosto. “O governo federal jamais tratou qualquer estado de forma discriminatória”, garantiu Humberto, que é líder do PT no Senado e coordena a campanha de Dilma em Pernambuco. “Esse argumento é absolutamente falho”, disse.
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Humberto diz que todos elogiam a parceria com o Palácio do Planalto. “Eu acho que é muito ruim aqui em Pernambuco, um estado que sempre teve muita atenção do governo federal, querer transformar um tema desse em uma disputa eleitoral”, avaliou o senador.
O assunto veio à tona depois que o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, afirmou, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que o Governo de Pernambuco havia deixado de receber mais de R$ 1 bilhão de repasses federais e que o dinheiro seria uma retaliação à posição oposicionita do PSB.
As queixas foram seguidas pelos prefeitos do Recife, Geraldo Julio, e de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca; ambos do PSB.
Em entrevista à Rádio Jornal nessa quinta (16), porém, o governador João Lyra Neto (PSB) afirmou que não vê retaliação a Pernambuco e disse que todos os estados sofreram com a falta de dinheiro no Tesouro Nacional.