Lideranças estudantis de todo o Brasil redigiram um documento em que declaram apoio a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT).
Depois de um encontro em São Paulo que durou mais de 5 horas e reuniu mais de cem lideranças foi concluída a carta intitulada “Os estudantes têm lado: com Dilma, contra o retrocesso”.
Além da União Nacional dos Estudantes (UNE), participaram do ato diretores da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), além de representantes de DCEs, DAs e CAs de todo o Brasil.
A presidenta da UNE, Virgínia Barros, destacou que, independente de qual candidato seja eleito, a UNE seguirá nas ruas defendendo as pautas para o avanço da democracia no País. “Não se trata de apoiar um partido ou um candidato, mas de identificar nesse segundo turno quais programas estão em disputa e o que eles representam.
No primeiro turno mais de um candidato contemplava nossas reivindicações.
Mas, neste segundo turno, apenas um defende as bandeiras dos estudantes contra a maioridade penal, pelo fim dos autos de resistência, pela criminalização da homofobia, pela reforma política e a favor das metas do Plano Nacional de Educação (PNE)”, explica. “Por isso, é com muita tranquilidade que tomamos um lado e nos posicionamos.
Dilma representa o projeto de mudanças do País.
Convoco todos para fazermos uma denúncia veemente do que representa o projeto neoliberal para o país”, pontuou Barros.
Os protestos de junho de 2013 também estão presentes no texto.
Os estudantes lembraram as vitórias obtidas nas manifestações, como a aprovação do novo PNE.
Agora, os governos devem cumprir 20 metas, entra elas, a histórica destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para a educação.
Para as entidades estudantis, o PNE representa o futuro da educação e o compromisso da presidenta Dilma com a juventude e a continuidade das políticas de erradicação do analfabetismo, escolas em tempo integral, valorização do professor, regulamentação do ensino privado, mais verbas para a assistência estudantil, universalização do acesso à creche e expansão de vagas no ensino técnico, superior de graduação e pós graduação, com a predominância do caráter público. “As entidades e os estudantes foram protagonistas nas recentes mudanças, ocupando as ruas, escolas e universidades.
Temos a perspectiva de que podemos avançar ainda mais.
Por isso temos um objetivo: dizer não ao retrocesso e apontarmos as transformações que queremos para o futuro”, diz trecho da carta.