Geraldo Julio ao lado de Aécio Neves em ato de campanha no Recife.
Foto: Booby Fabisak/JC Imagem Recém-eleito secretário-geral do PSB, segundo cargo mais importante no partido, e um dos principais cabos eleitorais contra a campanha petista em Pernambuco, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), se queixou na manhã desta quinta-feira (16), em entrevista à Rádio Jornal, de dificuldades e atrasos na liberação de recursos federais para a capital pernambucana. “Tenho falado já há algum tempo da dificuldade de receber recursos.
Eu não sei se isso tem sido em todo o País, se está acontecendo em todas as prefeituras, mas uma série de ações nossas que precisam de recursos federais estão realmente sentindo muito atraso na liberação”, afirmou o prefeito recifense.
LEIA TAMBÉM: » Secretário da Fazenda de Pernambuco denuncia retaliação política do Planalto » No Recife, família e aliados de Eduardo Campos pedem voto para Aécio Neves A declaração acontece um dia depois de o secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, afirmar, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que Pernambuco deixou de receber R$ 1,1 bilhão de dinheiro do governo federal em 2014 e atribuiu o arrocho a saída do PSB, que governa o Estado desde 2007, da base do governo petista.
O ex-governador pernambucano Eduardo Campos chegou a disputar a Presidência da República pelo partido antes de morrer em um acidente aéreo em agosto deste ano.
A principal queixa de Geraldo Julio foi a dificuldade na liberação de um empréstimo de US$ 200 milhões do Banco Mundial para a Prefeitura do Recife, que está em análise no Ministério do Planejamento. “Nós gostaríamos de estar trabalhando de uma maneira mais acelerada”, criticou o socialista.
Para Geraldo Julio, as dificuldades de liberação não tem acontecido só em relação ao Recife, mas também a vários outros estados e municípios brasileiros. “Esse é um dos motivos que tem feito um sentimento de mudança crescer cada vez mais no País”, afirmou.
Questionado sobre se a possível reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) faria com que o recebimento de recursos federais pelo Estado fique mais complicada, o prefeito tergiversou. “Eu tô com esperança que fique bem melhor.
Que o povo brasileiro eleja Aécio presidente”, disse o socialista, que apoia a candidatura do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições.