Os professores e alunos da Faculdade de Direito do Recife se reuniram na Praça Adolfo Cirne e nas escadarias do prédio.

Foto: Pablo de Araújo Gomes/Cortesia Por Beatriz Albuquerque, do Jornal do Commercio O ato de professores e estudantes de direito em apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT), realizado na noite de ontem, na frente da Faculdade de Direito do Recife (UFPE), resultou em uma ação conjunta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) e da Polícia Militar para encerrar o evento.

Os militantes impediram a ação dos oficiais de Justiça e expulsaram a viatura policial, alegando que a área é de responsabilidade federal.

De acordo com a comissão de propaganda do Tribunal, o ato não poderia ser feito na faculdade nem na praça Adolfo Cirne, por serem bens públicos.

Além disso, o uso de carros de som a menos de 200 metros de instituições de ensino e estacionados é proibido pela legislação.

A atividade começou às 18h e reuniu mais de 200 pessoas, que ocuparam a praça Adolfo Cirne e a escadaria da faculdade.

Um carro de som foi utilizado para reproduzir jingles e amplificar os discursos do senador Humberto Costa (PT), de professores da faculdade e de lideranças estudantis.

Ao tentar apreender o veículo, o grupo e oficiais de justiça foi impedido pelos militantes, que exigiam a apresentação de um mandato de apreensão.

O TRE-PE foi acionado por dez denúncias anônimas. “Para preservar a integridade física dos alunos achamos por bem não tomar nenhuma atitude mais enérgica (como acionar o Batalhão de Choque)”, afirmou o segundo juiz da propaganda, Isaías Lins.

A documentação fotográfica produzida pelo Tribunal Eleitoral será encaminhada ao Ministério Público Eleitoral.

Segundo o advogado Jefferson Valença, o movimento foi articulado de forma “espontânea” a partir das redes sociais e do comitê jurídico, que programou o ato para lançar um manifesto em favor da candidatura da petista.

O evento contou com a participação de advogados, professores e alunos.

O movimento estudantil da Faculdade de Direito é composto por três grupos políticos: Zoada, Contestação e Ateneu Pernambucano.

Apenas os dois primeiros integraram o ato pró-Dilma.

Segundo o servidor Bechara Kater, que respondeu pela coordenação da instituição, não foi concedida autorização para realização do ato. “O ato foi ordeiro, pacífico e não atrapalhou o andamento das aulas”, ponderou.

Por volta das 20h30, quando a militância estava se dispersando, uma viatura da PM foi enviada até o local, mas não conseguiu ter acesso ao estacionamento.

Os alunos fizeram uma barreira humana na entrada da faculdade e afirmaram que a área é de jurisdição federal.