Foto: Pablo de Araújo Gomes/Cortesia Na noite dessa quarta-feira (15) um grupo de alunos, professores e servidores da Faculdade de Direito do Recife (FDR-UFPE) promoveram um ato em apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à reeleição.

O ato acabou em confusão porque outros alunos entenderam que a mobilização feria a legislação eleitoral.

O ato aconteceu entre as 18h e as 20h e contou com cerca de 200 pessoas.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) recebeu cerca de dez denúncias anônimas que davam conta de supostas irregularidades na mobilização, o que acarretou em uma ação conjunta entre o órgão e a Polícia Militar.

O Comitê de Propaganda do TRE informou ainda que ato não poderia ter acontecido nem nas escadarias da faculdade e nem na praça Adolfo Cirne, nas dependências da FDR, porque são bens públicos.

Acompanhe o vídeo com momentos do ato: Ato pró-Dilma na Faculdade de Direito do Recife A PM foi impedida de entrar no local, pois os militantes informavam que a área é de responsabilidade federal.

O advogado Jefferson Valença informou que a mobilização foi “espontânea”, articulada através das redes sociais e do comitê jurídico da faculdade.

Uma briga que se estende: Os desentendimentos entre os alunos do curso de direito da UFPE se estendem às dependências da FDR e o ato de ontem foi apenas um reflexo da situação.

Os estudantes do curso se dividem entre os que votam em Dilma Rousseff (PT) e os que votam no adversário da petista no segundo turno, Aécio Neves (PSDB).

Uma enquete no grupo da faculdade no Facebook dá vantagem para Dilma entre os estudantes.

Os outros posts são tomados por debate acalorados entre os partidários e a maioria deles começa com reclamação por parte de algum dos dois lados.

A reclamação mais recorrente é a presença de propaganda ilegal no interior do prédio.

Alguns alunos reclamam de “propaganda ilegal” nas dependências da FDR.

Foto: Cortesia.

Sobre o ato de ontem, um aluno que não quis se identificar afirmou o seguinte: “O problema não é alguém cometer um ilícito eleitoral.

O que nos espanta é ver um grupo de juristas e professores da Casa agir em franco desprezo à legislação eleitoral mesmo com a solicitação por parte da fiscalização do TRE.

Todos podem e devem se manifestar, mas é preciso respeitar as normas estabelecidas.” Outro estudante que também não quis se identificar afirma que o ato não foi feito nas dependências da FDR e sim na Praça Adolfo Cirne, o que garante a sua legalidade. “A única irregularidade no ato de ontem era o carro de som, que foi desligado assim que fomos notificados”, disse.

Na tarde de ontem também houve ação do TRE no campus Recife da UFPE, no bairro da Várzea.

Um grupo de estudantes pró-Dilma realizava panfletagem.

O TRE foi acionado e o material recolhido.

Ainda na quarta-feira, o TRE recolheu material de campanha no campus Recife da UFPE.