Sem alarde, o novo presidente do PSB, Carlos Siqueira, ao lado de Geraldo Júlio e Fernando Bezerra Coelho, tiveram uma primeira reunião hoje de manhã em Brasília, para tratar da fusão dos dois partidos, com vistas ao novo cenário econômico pós eleições.
De acordo com pessoas com acesso às negociações, não se trata de uma idéia da Executiva Nacional do PSB nem de Roberto Freire, isoladamente.
O acordo vem de lá trás, tendo sido sugerido em uma conversa entre Eduardo Campos e Roberto Freire.
Em quatro notas, o painel da folha de São Paulo desta reça ja adiantava a intenção, que tem um encontro prático já hoje.
Veja abaixo.
Casamento à vista Aliados na campanha de Marina Silva, PSB e PPS negociam uma fusão para somar forças e ganhar peso no Congresso.
Dirigentes dos dois partidos vão se reunir hoje e esperam concretizar a união em novembro, logo após o segundo turno.
A nova sigla manteria o nome do PSB e teria uma bancada de 44 deputados em 2015 —a quarta maior da Câmara, atrás de PT, PMDB e PSDB.
A promessa é criar uma alternativa à polarização entre petistas e tucanos, seja qual for o presidente eleito.
O PSB também tentará incorporar ou formar um bloco com siglas nanicas.
Estão na mira o PEN, que elegeu dois deputados federais, e o PHS, que apoiou Marina e terá cinco cadeiras.
O presidente do PPS, Roberto Freire, diz que as conversas pela fusão começaram no ano passado, ainda com Eduardo Campos. “Será um reencontro ideológico e histórico das forças da esquerda”, diz Freire. “O novo Congresso precisará passar por uma reorganização, em um processo virtuoso.”, diz o jornal paulista.
O movimento também pode parecer mais uma resposta dos socialistas às investidas de Lula, que teria chegado a tentar, mas não levou o apoio do PSB a Dilma. “Com discrição, o ex-presidente Lula procurou três dirigentes do PSB de Pernambuco no dia seguinte ao primeiro turno.
Eles contam que o petista se disse disposto a “desfazer arestas” criadas na campanha.
Segundo os pernambucanos, Lula pretendia articular pessoalmente um eventual apoio do PSB a Dilma Rousseff.
As conversas duraram três dias, até que o ex-presidente foi informado de que a sigla preferia apoiar Aécio Neves (PSDB).
A amigos, Lula disse que não procurou Marina ou Renata Campos em busca de apoio.
Argumentou que não considerava o movimento adequado”, descreve a coluna Painel, nesta terça-feira.