Foto: @jc_pe Em entrevista publicada no Jornal do Commercio desta terça-feira (14), o governador eleito de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) classifica como legítimo o fato de o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), candidato que Câmara apóia no segundo turno da eleição presidencial, tenha lutado para que a fábrica da Fiat não fosse instalada em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco.

Como senador, Aécio foi contra um benefício fiscal concedido pelo governo federal que permitiu a instalação da fábrica no Nordeste porque havia a possibilidade que a unidade de produção ficasse em Minas Gerais. “Todo governador defende o seu Estado.

Faz parte.

Ele era senador e defendia os interesses do seu Estado, acho legítimo.

Mas a Fiat não veio para Pernambuco porque quiseram que ela viesse.

Veio porque Pernambuco tinha infraestrutura, benefícios fiscais e o Nordeste dava uma brecha na legislação fiscal”, diz Câmara, ex-secretário da Fazenda.

LEIA TAMBÉM: » PT pode usar fábrica da Fiat contra Aécio Neves em Pernambuco » Lula deve vir a Goiana cobrar paternidade do PT sobre implantação da Fiat » Na Rádio Jornal, Humberto lembra que Aécio foi contra fábrica da Fiat em PE e diz que PSDB só olha “para o próprio umbigo” » No Recife, família e aliados de Eduardo Campos pedem voto para Aécio Neves O governador eleito também rebateu as críticas de que um governo tucano não dará prioridade ao Nordeste. “Óbvio que queremos também um presidente que olhe para o Nordeste, que ajude aqueles Estados menos desenvolvidos feito Pernambuco.

E Aécio tem esse compromisso”, garante o socialista.

Câmara também minimizou o discurso de que o ex-governador Miguel Arraes, histórico líder político do PSB de Pernambuco, não apoiaria Aécio se estivesse vivo. “Não dá para gente ficar olhando para o passado.

Tem que olhar para o futuro”, justifica.

O futuro governador também nega que Pernambuco pode deixar de receber obras e recursos do governo federal com uma vitória da presidente Dilma Rousseff (PT). “Vamos atrás dos recursos, como sempre fizemos.

Se o governo federal não aprovar nossos projetos, paciência.

A população vai ficar sabendo de todo o nosso trabalho e se está havendo ou não retaliação”, disse.