Gilberto Carvalho faz ato no Recife.
Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem.
Um dos principais interlocutores da gestão petista, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, buscou afastar a comoção causada pela trágica morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB) em agosto das urnas eleitorais.
De passagem pelo Recife para fortalecer a imagem da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, Carvalho comentou que o futuro que está em jogo não é a memória de Eduardo Campos, mas o das gerações do Estado e do País.
O comentário foi feito após o ministro ser questionado sobre o engajamento da viúva Renata Campos na campanha eleitoral.
Segundo Carvalho, o apoio da ex-primeira-dama tem caráter emocional e não deve interferir no cenário eleitoral. “Acho que as pessoas saberão fazer distinção entre reverência a uma pessoa importante para o Estado, falecida, e o futuro.
O que está em jogo agora não é a memória de Eduardo Campos, mas o futuro das gerações deste Estado e do país”, disse.
Durante o ato de campanha, Carvalho tratou como “questão de honra” a vitória de Dilma no Estado.
Para isso, o ministro reiterou as ações realizadas pelo governo federal em Pernambuco. “Digo para você que fui chefe do Estado de Lula e era quase um escândalo a preferência que ele tinha pelo Estado.
Não é possível que o povo de Pernambuco eleja um candidato que foi contra a vinda da fábrica da Fiat para o Estado.
Vamos ficar muito estarrecidos se houver uma escolha por esse tipo de candidato”, afirmou Carvalho Em um discurso realizado no dia 30 de setembro, Aécio acusou o PT de ser responsável por Minas perder milhares de empregos e cerca de R$ 3 bilhões em investimento.
De acordo com o tucano, a nova fábrica da Fiat deveria ser instalada em Betim, no interior mineiro.
No primeiro turno eleitoral, o único Estado do Nordeste em que Dilma perdeu foi Pernambuco.
A candidata Marina Silva (PSB), derrotada no primeiro turno, conseguiu 48% dos votos dos pernambucanos.
Dilma conquistou 44%, e Aécio, 6%.
MANIFESTO PRÓ-DILMA - Movimentos sociais entregaram ao ministro um documento com 13 propostas assinado por 104 entidades, sindicatos e associações, como CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e Cáritas Regional NE 2.
Manifesto entregue durante palestra.
O texto elenca 13 pontos prioritários, como reforma política, reforma agrária, banimento de transgênicos, demarcação de terras indígenas, criminalização da homofobia e a construção de “agenda de diálogo para o marco regulatório da comunicação”.
A divulgação do documento e a visita do ministro ocorrem dois dias após o adversário de Dilma, Aécio Neves (PSDB), visitar Pernambuco.
Reforçando a agenda petista no Estado, o ministro Gilberto Carvalho participa amanhã (14), às 10 horas, de encontro com representantes de sindicatos ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco, Fetape, em Carpina.
No evento, as entidades devem declarar apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT).
Também deve comparecer ao evento o coordenador da campanha da petista no Estado, Humberto Costa (PT) e outras lideranças.