Foto: PSB Roberto Amaral, presidente interino do Partido Socialista Brasileiro (PSB), divulgou uma carta aberta na noite desse sábado (11) onde, além de reafirmar o seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT), acusa a Executiva Nacional do PSB de jogar a história do partido “no lixo”.
Amaral já havia se posicionado contrário à decisão tomada pela Executiva Nacional do PSB, que em reunião nessa terça-feira (07) decidiu pelo apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições, quebrando com o apoio histórico do PSB ao PT. “Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB.
A sociedade brasileira, ampla e multifacetada, não cabe nestas duas agremiações”, disparou o socialista.
Amaral assumiu o cargo de presidente do PSB em agosto, após a morte de Eduardo Campos, então presidente nacional da sigla.
Ainda nessa sexta-feira (10), Roberto Amaral criticou a ala pernambucana do partido, dizendo que, em Pernambuco, o PSB faz “política de coronelismo e enxada”.
Dentre os nomes criticados por Amaral estão o presidente estadual do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Amaral aponta “movimentações” dos pernambucanos para assumir a presidência nacional do partido, quebrando com um acordo que teria sido firmado para garantir seu nome como presidente nacional do PSB.
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Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado”, atacou Amaral.
Dissidências: Roberto Amaral não foi o único membro do PSB que criticou abertamente ou reprovou a decisão da Executiva Nacional do partido.
A deputada Luiza Erundina (SP) foi uma das que endossaram o coro de críticas à direção do partido.
Além de Erundina, a ex-candidata ao governo da Bahia, Lídece da Mata também declarou apoio a Dilma Rousseff.