Foto: BlogImagem Senador por Pernambuco, o petista Humberto Costa concedeu entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (09) e falou sobre a futura posição da ex-candidata Marina Silva (PSB) no segundo turno da eleição presidencial. “É um retrocesso.
Ela perderá completamente a sua aura de esquerda”, disparou o Humberto.
O senador havia sido perguntado se a demora de Marina em anunciar qual será seu apoio no segundo turno não representava um momento de indecisão da ex-ministra e senadora petista.
Humberto respondeu recorrendo a uma analogia com o cinema e disse que Marina está vivendo uma “escolha de Sofia”.
No filme de 1982 dirigido por Alan J.
Pakula, a protagonista judia, presa em um campo de concentração na Alemanha Nazista é obrigada a escolher pela vida de apenas um dos dois filhos.
Escolhendo por um, o outro seria morto pelos nazistas na sua frente. “Acho que ela vive uma escolha de Sofia.
Ela sabe que se manifestar apoio ao PSDB perderá totalmente a sua aura de esquerda, de política progressista e em todas as esferas”, disse o petista que prosseguiu: “Então ela quer justificar esse apoio por meio de algumas exigências para dizer que elas foram atendidas pelo PSDB e, ao mesmo tempo, ela quer manter uma posição de independência para dizer que ela fez uma escolha condicionada, caso não seja atendida”, disse o senador.
Humberto comentou ainda a posição tomada pelo PSB que, em reunião com a Executiva Nacional na tarde dessa quarta-feira (08), optou pelo apoio a Aécio Neves.
O petista lamentou a escolha, lembrando que a sigla sempre foi uma aliada histórica do PT e disse que a escolha não foi motivada por opções políticas e ideológicas, “foi uma escolha pragmática”, pontuou o petista.
Ainda sobre o cenário de apoios para o segundo turno, Humberto comentou as posições da Rede Sustentabilidade.
Em nota, a agremiação política idealizada por Marina Silva informou que liberou sua militância para votar “branco, nulo ou em Aécio.
Só não em Dilma”. “É uma guinada política que esses movimentos estão dando e nós respeitamos; apenas acho que eles não podem se autointitular ‘partidos de esquerda’”, disparou o senador petista.