No Rio de Janeiro (RJ), o candidato Aécio Neves, afirmou, nesta quinta-feira (09/10), que a presidente e candidata do PT, Dilma Rousseff, demonstra desespero na tentativa de desconstruir seus adversários.

Aécio disse que a adversária não dignifica o cargo que ocupa e apelou que os próximos dias da campanha sejam baseados em um debate real e proposições.

Nos seus discursos, a petista tem adotado o discurso forte contra os tucanos e afirmado que o adversário vai adotar medidas que prejudicam a população de baixa renda.

Os tucanos afirmam que as medidas nunca foram cogitadas, como a diminuição do salário mínimo ou a extinção de programas sociais. “[A declaração de Dilma] é muito mais do que uma tentativa de desconstrução, é um ato de desespero de uma presidente que está vendo que caminha para ser derrotada.

Esse tipo de atitude não dignifica o cargo que ela ocupa.

Vamos para o debate real.

Vamos falar das nossas propostas, das nossas diferenças”, disse Aécio. “Não temos que criar uma fantasia em torno dos nossos adversários para vencer as eleições.

Isso, por si só, já seria uma fraude”, ressaltou.

Aécio disse que nenhuma ação governamental na história atual foi tão eficiente na promoção da inclusão social do que o Plano Real.

E lembrou que o PT combateu a política de estabilização da moeda durante todo o governo Fernando Henrique Cardoso. “Não houve nenhuma ação na nossa história contemporânea, de maior inclusão social na vida dos brasileiros, do que o Plano Real, combatido pelo PT.

E eu jamais disse que o PT não gostava dos pobres porque votou contra o Real.

Porque, se dependesse do PT, não teria acabado a inflação”, afirmou. “O que esse governo está fazendo é que pune os pobres”, destacou Aécio, informando que o crescimento econômico de 2014, que será praticamente zero, vai tornar irrelevante o reajuste do salário mínimo em 2016, já que o cálculo é feito com base no desempenho da economia dos dois anos anteriores. “Eles [PT] têm as deles, nós temos as nossas.

Nós queremos novas etapas para superação da pobreza, eles se contentam com a simples administração da pobreza”, afirmou.

Foto postado no Twitter da candidata Já a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, seguiu sua visita aos estados do Nordeste nesta semana para agradecer a votação que teve no primeiro turno com a realização de um comício, na noite desta quinta-feira (9), em Maceió, Alagoas, onde obteve 49,9% dos votos do estado. “Vim aqui agradecer ao povo nordestino, que eu respeito muito e que faz parte do que o Brasil tem de melhor, com a riqueza de suas tradições, nossa diversidade cultural, racial e a imensa capacidade do povo nordestino de combater em anos e anos aqueles que não deram ao Nordeste a importância que ele tinha”, afirmou.

Dilma deu um recado para a reta final do segundo turno. “Eu queria pedir uma onda alagoana, convencer as pessoas a votar no 13. É uma onda que vai combater a mentira que os nossos adversários estão espalhando por aí.

Nós conquistamos muitas coisas, vamos manter as conquistas, e vamos melhorar e mudar mais”.

Dilma estabeleceu a diferença dos 12 anos de seu governo e do ex-presidente Lula, comparando o que classificou de falta de investimentos nos oito anos do governo do PSDB, de 1994 a 2002. “Nós mudamos a realidade com um grande esforço para a maioria da população.

Os governos dos tucanos fizeram um governo para a minoria do Brasil.

Nós não, nos mudamos essa terra.

Mudamos como?

Nós colocamos o pobre no orçamento”.

De acordo com Dilma, os principais investimentos que fizeram a diferença para melhor na vida da população foram os programas Bolsa Família, Brasil Sem Miséria, Minha Casa Minha Vida e Pronatec, além de obras de infraestrutura. “O Minha Casa Minha Vida foi muito importante, e eu tenho muito orgulho de estar aqui em Alagoas, que teve proporcionalmente um grande número de famílias beneficiadas.

Tenho um imenso orgulho do canal do sertão, da adutora de Bocaina e Piaus, no Piauí; do Eixão das Águas, no Ceará; o canal das vertentes litorâneas, na Paraíba, a adutora do feijão, na Bahia e a adutora do Pageú e a adutora do Oeste, em Pernambuco”.

Entre as propostas para um eventual próximo mandato, Dilma destacou uma reforma política que mude os padrões de se fazer política no país; a integração das polícias nos mesmos moldes das operações durante a Copa do Mundo; o combate sem trégua à corrupção e a reforma curricular do ensino com a valorização do professor.