Por Jamildo Melo, editor do Blog Os socialistas estão reunidos neste momento em Brasília para decidir a posição do partido no segundo turno, depois da derrota de Marina.
A tendência é a Executiva Nacional do partido decidir pelo apoio ao tucano Aécio Neves e anunciar a decisão ainda hoje, considerando que o tempo é curto e é preciso colocar a campanha na rua novamente.
No entanto, os diretórios que querem votar em Dilma devem ser liberados para rumar com a petista.
Dispensando a votação do tema, o partido daria mostra de que está convergindo, mesmo que respeitando questões locais dissonantes.
Um dos exemplos é a Paraíba, em que o socialista Ricardo Coutinho vai ao segundo turno com o tucano Cássio Cunha Lima.
Coutinho não poderia pedir votos para o mesmo candidato a presidente do adversário.
Com a abertura do palanque para Dilma, ainda que de forma disfarçada, o PSB mantém mais uma vitrine no Nordeste.
Com mais de 50% dos votos no Nordeste, a pressidente Dilma retoma a campanha nesta quarta, justamente pelo Terezina e Paraíba.
Outro exemplo de contradição dos socialistas é o Amapá, onde Camilo Capiberibe faz campanha ao lado dos petistas e não faria sentido pedir votos agora, no segundo turno, para os tucanos.
O adversário é Waldez Goes, do PDT.
A posição majoritária, entretanto, é a favor do candidato do PSDB.
A eleição do partido prevista para o dia 13 de outubro também influencia a decisão.
Fortalecido pelas urnas, o diretório pernambucano do PSB espera que o presidente da sigla, Roberto Amaral, não crie resistência à adesão a Aécio Neves.
Caso contrário, voltará a minar sua permanência no cargo.
Se tudo der certo e for fechado, o anúncio oficial ocorre ainda hoje e não haveria atropelo à Marina, que pediu para se posicionar até quinta-feira.
Na seqüência, Marina poderia visitar, dar o abraço oficial e fazer a foto para o guia que recomeça.
Dois momentos, duas exposições.
Cerco tucano Os socialistas pernambucanos tomaram a posição em uma reunião realizada na segunda-feira, no Recife, antes de viajaram para São Paulo, para uma reunião preparatória da Executiva Nacional.
No Recife, a reunião contou com a presença de Renata Campos, Geraldo Julio, Paulo Câmara, Fernando Bezerra Coelho e João Lyra, Luciano Vasques, além de Sileno Guedes, presidente do PSB em Pernambuco.
Renata Campos não viajou a São Paulo nem Brasília.
No entanto, é cada vez mais ativa a participação dela no partido.
Aécio Neves ligou para ela, Paulo Câmara e Geraldo Júlio, para parabenizar pela eleição em Pernambuco, além de pedir para conversar sobre o segundo turno.
O PSB disse que o melhor era esperar a decisão partidária.
Pela consulta informal aos correligionários, naquela altura já era majoritária a predileção por Aécio Neves.