PSB e Marina Silva devem definir apoio ao senador Aécio Neves (PSDB) no segundo turno.

Foto: AFP A Executiva Nacional do PSB vai se reunir na tarde desta quarta-feira (8) para definir que posição tomará no segundo turno das eleições presidenciais.

A tendência majoritária do partido é apoiar o senador mineiro Aécio Neves (PSDB).

O encontro acontece às 14h, na sede do partido em Brasília.

A aliança com os tucanos tem o aval da ex-senadora Marina Silva, que concorreu a Presidência, e da ala pernambucana do PSB; como o governador eleito Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio.

Também seria essa a preferência da ex-primeira-dama de Pernambuco Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.

Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) jantam juntos no Recife.

Foto: divulgação Aécio e Eduardo eram amigos e fizeram alianças políticas em alguns estados, como Pernambuco e São Paulo, visando a eleição presidencial deste ano.

Em várias ocasiões, o tucano chegou a dizer que apoiaria o pernambucano se ele fosse para o segundo turno da corrida presidencial.

As articulações para o apoio socialista a Aécio começaram já na segunda (6), um dia depois das urnas deixarem Marina de fora do segundo turno.

No dia seguinte, Câmara, Geraldo Julio, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, o governador João Lyra Neto e o presidente estadual da sigla, Sileno Guedes, viajaram para São Paulo para articulações com Marina.

Publicamente, Lyra já declarou apoio a Aécio; assim como o advogado Antônio Campos, irmão de Eduardo Campos, e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

A avaliação é de que o duro embate entre o PT e o PSB no primeiro turno da disputa nacional inviabilizariam a possibilidade de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), que enfrenta Aécio nas urnas no dia 26.

A pedido de Marina Silva, os presidentes de todos os partidos que formaram a coligação do primeiro turno vão se reunir nesta quinta-feira (9), às 10h, para tentar construir uma decisão em conjunto.

O PPS, presidido pelo pernambucano Roberto Freire, já declarou apoio a Aécio.

Aliança com Aécio Neves teria o aval de Marina Silva e Renata Campos.

Foto: reprodução do Twitter Em troca da aliança, porém, Marina teria pedido ao tucano para se comprometer com alguns dos pontos defendidos durante a campanha, como o fim da reeleição e uma defesa da sustentabilidade.

A ideia seria apresentar o apoio como uma decisão programática, para que a ex-senadora não pareça incoerente depois de ter criticado o modo de fazer política dos tucanos.

PSB - A decisão passa ainda por uma reorganização das forças internas no PSB.

Na próxima segunda-feira (13), a Direção Nacional do partido elege o presidente da sigla pelos próximos três anos.

Desde a morte de Campos, o cargo é ocupado interinamente por Roberto Amaral.

Apesar de socialista histórico, ele é próximo ao PT e, por isso, pode sair desgastado do processo de formação do palanque no segundo turno.

Aliança com Aécio Neves fortalece nome de Geraldo Julio para dirigente do PSB.

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR Ao mesmo tempo,o PSB de Pernambuco, que comanda a sigla desde 1993 com Miguel Arraes e depois com o neto Eduardo, deseja manter o espaço na Direção Nacional.

O nome cotado para disputar a presidência ou ficar com a vaga de vice é o de Geraldo Julio.

Em entrevista concedida à Rádio Jornal um dia após a vitória nas urnas, o governador eleito de Paulo Câmara deixou claro que vai usar o peso político do PSB pernambucano para brigar por espaço no comando da legenda.

Câmara é o único governador já eleito do PSB e a principal bancada foi a eleita no Estado. “Vou usar esse capital político [dos votos] para dar a opinião sobre o que é melhor para o País”, adiantou Câmara. “A gente quer colocar o PSB no cenário nacional”, deixou claro.