Foto: reprodução do Facebook Por Paulo Veras, repórter do Blog Uma das principais vitrines da campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o programa Mais Médicos, do governo federal, não foi o suficiente para eleger um deputado federal em Pernambuco.

Um dos idealizadores do programa, que causou polêmica ao ser criticado por entidades médicas, Mozart Sales (PT) foi o 25º candidato a deputado federal mais votado do Estado, que possui 25 vagas em Brasília.

Mesmo assim, não foi eleito.

Ficou de fora do Congresso porque o coeficiente eleitoral favoreceu Kaio Maniçoba (PHS), que teve 28 mil votos.

Mozart havia feito quase 74 mil.

A candidatura do médico havia sido fortemente apoiada pelo senador Humberto Costa (PT), que o levou para o Ministério da Saúde em 2003.

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Esses 74 mil votos mostram um sentimento de apoio e reconhecimento ao nosso trabalho”, avaliou o o ex-candidato, em conversa com o Blog de Jamildo.

Prejudicado pelo coeficiente eleitoral, o petista defende uma reforma política que corrija distorções como o tempo de TV e rádio, o modelo de financiamento de campanha e a formação de coligações proporcionais.

Foto: reprodução do Facebook “As pessoas não compreendem bem como um candidato com 28 mil votos consegue ser eleito e outro com 74 mil, não”, contou o médico, ao falar sobre o resultado do pleito.

Em 2014, o PT não conseguiu eleger nenhum deputado federal em Pernambuco.

Nomes históricos como Pedro Eugênio e Fernando Ferro, assim como o ex-prefeito do Recife João da Costa, foram derrotados.

Um dos principais nomes petistas no Estado, o deputado federal João Paulo, tentou ser eleito para o Senado, e perdeu para o ex-ministro da Integração Fernando Bezerra Coelho (PSB).

De acordo com o médico petista, se o PT tivesse concorrido sem estar coligado com outras legendas, teria conseguido eleger até dois federais.

Faz a conta baseada nos mais de 300 mil votos que os oito candidatos do partido conquistaram.

Foto: reprodução do Facebook “Está faltando a gente fazer os cálculos devidos para proteger os nossos quadros”, cobrou. “Sempre colocamos os votos à disposição de outras legendas”, disse.

Segundo Mozart Sales, o PT tem eleito menos deputados e vereadores do que era capaz desde as eleições de 2006.

Ex-coordenador nacional dos Mais Médicos, o petista defende a eficácia do programa e acusa os críticos de terem uma visão radical e preconceituosa do programa. “Em relação à população, não há discussão”, garante, citando números que mostram 85% de aprovação ao Mais Médicos.

Em Pernambuco, o Ministério da Saúde levou, através do programa, 669 profissionais para 134 cidades e um distrito indígena.