Foto: Agência Senado Coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco e líder do PT no Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT) confirmou nesta terça-feira (7) que o partido vai trabalhar para ter o apoio do PSB no segundo turno das eleições presidenciais e lembrou a relação histórica que os socialistas possuem com o ex-presidente Lula (PT) e com Dilma. “Historicamente o PT, Lula e Dilma sempre tiveram uma boa votação aqui em Pernambuco.
Temos relações históricas com o PSB.
Vamos trabalhar para, de acordo com a sua tradição histórica, o PSB esteja com Dilma”, afirmou o petista.
Humberto se elegeu senador em 2010 na chapa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em agosto, quando disputava a Presidência da República contra Dilma.
PSB e PT romperam no ano passado em função do projeto presidencial de Campos.
Em meio à campanha política, Humberto tomou a dianteira do PT nas críticas a Eduardo Campos.
Em março deste ano, ele já acusava o socialista de ser incoerente.
Em julho, afirmou que o ex-governador se aliava às velhas raposas da política que combatia em discurso.
Em agosto, dias depois de a ex-senadora Marina Silva (PSB) assumir a candidatura presidencial no lugar de Eduardo Campos, Humberto disse em um discurso que ela representava o autoritarismo e uma visão atrasada para o País.
A aliança com o PSB, porém, poderia render votos para o PT. “Nós temos alguns estados do Brasil que temos um potencial de votos maior do que tivermos no primeiro turno. É o caso de Pernambuco, onde Dilma perdeu de Marina por uma diferença foi muito pequena”, avalia agora o petista.
No último domingo (5), Marina teve 21,32% dos votos na corrida presidencial.
Ficou fora do segundo turno, mas o apoio dela ou do PSB pode definir o embate entre Dilma, com 41,59%, e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que atingiu 33,55% do eleitorado.
O PSB decide que posição tomará nacionalmente em uma reunião marcada para esta quarta-feira (8), às 14h, em Brasília.
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), e o irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos, já declararam apoio a Aécio Neves.