Sebastião Oliveira ao lado do ex-governador Eduardo Campos, de quem foi secretário.

Foto: reprodução do Facebook Por Paulo Veras, repórter do Blog No próximo ano, pela primeira vez desde 1975, o pernambucano Inocêncio Oliveira (PR), de 76 anos, não terá um mandato de deputado federal.

Após dez eleições seguidas, o presidente do PR no Estado não concorreu, mas indicou um sucessor: o primo Sebastião Oliveira (PR), eleito para a Câmara Federal.

Médico, Sebastião ocupa há 12 anos o cargo de deputado estadual em Pernambuco.

No primeiro mandato do ex-governador Eduardo Campos, falecido no último dia 13 de agosto, foi secretário estadual de Transportes, umas das principais pastas.

Em 2010, sempre com o apoio de Inocêncio, Sebastião Oliveira foi o quinto deputado estadual mais votado.

Quase 80 mil pernambucanos o elegeram.

Com reduto político em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, a 418 quilômetros do Recife, Sebastião teve seu primeiro revés eleitoral em 2012, quando perdeu a disputa para prefeito do município para Luciano Duque (PT).

A cidade tem pouco mais de 55 mil eleitores.

Sebastião Oliveira em campanha.

Foto: reprodução do Facebook Em setembro do ano passado, em entrevista a uma rádio do interior pernambucano, o mais novo integrante da Câmara Federal deu a primeira deixa de que buscaria um mandato em Brasília. “A minha vontade pessoal é concorrer a uma vaga de deputado federal, mas eu não sou um político profissional, posso não ser candidato, se for da vontade de minha liderança que eu não seja”, afirmou.

Treze dias depois, Inocêncio reuniu o grupo político para comunicar que não buscaria o 11º mandato.

Na mesma ocasião, ele apresentou o primo como sucessor.

Como havia feito outras vezes, Inocêncio ainda voltou atrás, atendendo ao pedido de aliados.

Ao participar de uma caminhada, em março, foi vencido pelo peso da idade e fragilidade da saúde; abrindo espaço na chapa federal.

Eleito pela Arena, Inocêncio passou pelo PDS, PFL, PMDB, PL e PR.

Foi presidente da Câmara entre 1993 e 1994.

Nesse período, chegou a assumir a Presidência da República em nove ocasiões.

Em 2006, chegou a ser condenado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, no Maranhão, por manter 53 trabalhadores em condição análoga a de escravidão na fazenda Craíbas, no município de Gonçalves Dias, naquele estado.