Por Júlio Cirne, especial para o Blog Fundado em 2005, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) nasceu como uma ala formada por discidentes do PT, descontentes com os rumos tomados pelo partido depois que chegou ao cargo máximo do executivo.
Desde então, os fundadores defendem o debate da “verdadeira esquerda” no Brasil.
Apesar de ter nomes de peso no âmbito nacional, como a ex-senadora Heloísa Helena (AL), o deputado federal Jean Wyllys (RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (AP), em Pernambuco o partido ainda não conseguiu emplacar uma liderança na Assembleia Legislativa nem na Câmara Federal.
No pleito de 2014, todas as fichas do partido foram apostadas em Edilson Silva, candidato a deputado estadual.
Assim como grande parte dos nomes que formam os quadros do PSOL, Edilson teve no PT sua primeira filiação partidária, deixando o partido em 1992 para, em 1994, ajudar a fundar o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), de onde também saiu em 2002.
Em 2004, trabalhou para fundar o Psol, partido que teve seu registro concedido no ano seguinte.
Desde que entrou no Psol, Edilson disputou todas as eleições, desde 2006, sendo candidato ao Governo do Estado, à Prefeitura do Recife, a vereador e, agora em 2014, disputou uma vaga ao cargo de deputado estadual.
Um fato relevante em sua carreira aconteceu nas eleições de 2012, quando, mesmo sendo o terceiro candidato mais votado entre os vereadores da capital pernambucana, não se elegeu por causa do coeficiente eleitoral, insuficiente para emplacar um vereador pela sua sigla.
Edilson teve cerca de 16 mil votos naquele ano. 2014: Todas as forças eleger Edilson Avesso a coligações, em 2014 o Psol formou uma aliança polêmica com o Partido da Mobilização Nacional (PMN), que, apesar de não ter candidato próprio à Presidência, apoia o tucano Aécio Neves, do PSDB, partido que recebe críticas recorrentes de Luciana Genro, candidata do Psol, adversária de Aécio.
Os membros do Psol justificam que a aliança com o partido foi fechada antes de uma reunião nacional do PMN, onde ficou decidido apoio ao tucano.
Em visita ao Recife durante a campanha, Lucina Genro disse que, se o PMN tivesse decretado apoio a Aécio com antecedêcia, a coligação não seria formado. “O que nós não podemos é prejudicar nossos candidatos”, disse a presidenciável.
O PMN já havia fechado uma aliança com o PSDB em 2010, quando apoiou José Serra, candidato tucano à Presidência, histórico que não foi considerado pelo Psol em 2014.